Todo mundo quer se sentir bem ao se olhar no espelho e
algumas mudanças podem fazer com a autoestima melhore consideravelmente, seja
com um corte de cabelo, uma roupa nova ou ao ver aqueles quilinhos indesejados
indo embora. Nos últimos anos alguns tipos de dietas começaram a surgir (low
carb, dieta dukan, mediterrânea, paleolítica), mas são restritivas e muitas
vezes não são adequadas, pois restringem alimentos essenciais para o bom
funcionamento do organismo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Banca do
Ramon, um tradicional empório de São Paulo, a maior preocupação do brasileiro
ao fazer dieta é perder peso.
O estudo intitulado como “Hábitos alimentares dos
Brasileiros – preferências, dietas e tendências de consumo”, mostra que 74% dos
entrevistados fizeram dieta no último ano com o intuito de emagrecer, enquanto
23% fizeram por motivos de saúde e 3% para ganhar peso. Segundo Nathália
Gazarra, nutricionista consultora da Banca do Ramon, a popularização dessas
dietas faz com que as pessoas fiquem mais interessadas na prática, mas ao
aderi-las podem prejudicar a saúde.
De acordo com especialistas, o melhor caminho para fazer uma
dieta é buscando auxilio profissional, como um nutricionista, por exemplo, para
que ele possa orientar a melhor dieta, que é baseada em diversos fatores, como
doenças pré-existentes, exames bioquímicos, histórico do paciente, alergia e/ou
intolerância alimentar, entre outros pontos importantes a serem avaliados.
Dieta para emagrecer e ser saudável, é possível?
De acordo com uma pesquisa realizada pela Banca do Ramon, um
tradicional empório de São Paulo, a maior preocupação do brasileiro ao fazer
dieta é perder peso. O estudo intitulado como “Hábitos alimentares dos
Brasileiros – preferências, dietas e tendências de consumo”, mostra que 74% dos
entrevistados fizeram dieta no último ano com o intuito de emagrecer, enquanto
23% fizeram por motivos de saúde e 3% para ganhar peso.
Segundo Nathália Gazarra, nutricionista consultora da Banca
do Ramon, a popularização dessas dietas faz com que as pessoas fiquem mais
interessadas na prática, mas ao aderi-las podem prejudicar a saúde. “As pessoas
que fazem alguma dieta restritiva com o foco em emagrecimento, 95% delas voltam
a ganhar peso.
Essas dietas tem uma perda de peso rápida, porém a grande
maioria das vezes é uma perda sem saúde, e tem consequências, como fraqueza,
mal-estar, alterações de exames bioquímicos, inclusive pode desencadear
compulsão alimentar e transtornos alimentares graves. Por isso, independente da
dieta, é necessário, buscar um nutricionista para que ele veja o que mais
adequado para cada objetivo”, explica.
O que dietas restritivas podem causar?
O organismo precisa de uma série de nutrientes para que
funcione bem, no entanto, com as dietas restritivas, ele pode ter carência
dessas vitaminas e minerais, fazendo com que além de ter pouca energia, vários
outros problemas apareçam. E conforme explica Gazarra, qualquer dieta que
impede a ingestão de alimentos que fornecem energia ao corpo, leva ao
emagrecimento rápido, contudo, esse método traz uma série de complicações, sendo
assim, não recomendado. “Independente do objetivo da dieta, seja ele, cortar
algum grupo alimentar ou diminuir muito a quantidade de alimento no dia, além
de ingerir menos nutrientes, pode até perder massa muscular, que é quem nos dá
mais vitalidade para as atividades diárias”, detalha.
Quando o corpo passa por esse tipo de mudança radical, ele
pode responder de alguma forma, desencadeando complicações, como:
Anemia - Vários fatores podem causar a anemia, mas, uma
alimentação pobre em ferro é um dos principais causadores da doença. De um modo
geral, a anemia acontece quando há uma diminuição dos níveis de hemoglobina no
sangue, proteína responsável por transportar o oxigênio dos pulmões aos
tecidos, pelos glóbulos vermelhos.
Alimentação restrita de ferro, vitamina B12 e ácido fólico
causam anemia. Esses nutrientes podem ser encontrados em carne vermelha,
leguminosas, ovos, queijo, leites, legumes verdes, entre outros. A anemia pode
causar sérios problemas, como deficiências cardíacas e neurológicas, o melhor
jeito de combate-la é tendo uma alimentação mais saudável que inclua de tudo um
pouco, sem exageros.
Compulsão alimentar
O corpo passa por uma série de alterações durante essas
dietas, como mau humor, a queda de cabelo, unhas quebradiças, falta de energia
e aumento da fome! Com todas essas transformações, é comum ter vontade de
ingerir algo mais calórico, como doces ou carboidratos, pois são alimentos que
fornecem energia imediata. E, então, vem o descontrole, pois, a restrição leva
a compulsão. “É comum ter episódios de compulsão alimentar, pois, o corpo sente
falta dos alimentos que foram cortados, é uma questão fisiológica e
psicológica, sem contar que dietas são bem estressantes para o cérebro, então,
ele entende como algo ruim. Quando existe um desejo de emagrecer, o melhor
caminho é a reeducação alimentar, porque as refeições são distribuídas de
maneira adequada de acordo com a rotina, de forma que, seja consumido todos os
nutrientes necessários para a vitalidade do ser humano”, conta Gazarra.
Problemas cardiovasculares
A restrição de determinados alimentos também prejudica a
saúde cardiovascular, muitas dietas provocam perda de sódio e potássio, sendo
que, esses dois são muito importantes para a saúde do coração, desde que sejam
consumidos com equilíbrio, pois o excesso também pode fazer mal. O baixo nível
de potássio no organismo causa hipocalemia, que é fraqueza nos músculos,
elevação na pressão arterial e batimentos cardíacos anormais. Já o baixo nível
de sódio pode levar a arritmia cardíaca, além de fraqueza muscular, diarreias e
vômitos.
Quando fazer uma dieta restritiva?
Dietas alimentares restritivas não são recomendadas,
principalmente se motivadas por questões estéticas, pois, podem trazer muito
riscos, no entanto, em alguns casos, dietas são importantes para controlar
alguma doença específica. Pessoas diabéticas ou hipertensas, por exemplo,
precisam evitar alguns tipos de alimentos, porém, é o médico e/ou nutricionista
quem vai dizer o que pode ser cortado e como deve ser substituído, uma vez que,
os nutrientes são necessários.
Pode-se comer de tudo e não tudo
O verdadeiro segredo para uma boa dieta é manter o
equilíbrio sempre. É necessário respeitar os limites do corpo, e, isso inclui
em respeitar a própria fome e se permitir ter refeições de qualidade, saborosas
e ricas em nutrientes. “Restringir muito a alimentação para alcançar um
objetivo estético é negligenciar o próprio corpo. As pessoas precisam saber que
é possível comer bem, sem exageros ou restrições. Perder peso não é um evento,
e sim um processo. É preciso um acompanhamento nutricional e contínuo com foco
na alimentação saudável e prática de exercícios físicos”, finaliza a
nutricionista.
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PENSE NISSO
"O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a
fonte de todos os vícios".
Santo Agostinho
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