Desde a escola até a
vida adulta aprendemos de forma receptiva e não ativa. Ouvimos uma pessoa
que sabe mais do que nós, professores, e fazemos provas ao fim dos semestres
para atestarmos que captamos o conteúdo passado. Segundo Fabiano Castro, da
Minds English School, especialista em carreira, não somos treinados a
aprendermos de forma ativa, sendo proativos, buscando o conhecimento. Isso é
refletido na nossa vida profissional. “Optamos por profissões em que a linha de
ganhos, em reais ou em outra moeda, seja rápida e sempre ascendente”, destaca.
Segundo ainda Castro,
"o minimalismo não é uma competição de quem tem menos e consegue viver
com menos. É uma nova forma de viver mais. Ter mais saúde, trabalhar com o que
se gosta, ter mais tempo para os filhos, amigos, e vivenciar experiências
reais", evidencia o especialista. Confira algumas dicas.
Avalie cada coisa que
tem em casa e no ambiente de trabalho - Veja se realmente você usa esse
objeto, a quanto tempo não o usa, e se ele tem um propósito, uma finalidade ou
se lhe faz feliz. É um processo. Você não vai conseguir se desfazer de tudo o
que não lhe é útil rapidamente, porém persista. Cheque o que pode ser doado e o
que tem que ir para o lixo. Aos poucos essa "faxina" no externo
intervirá no seu interno e nas suas decisões no dia a dia.
Observe os seus
comportamentos automáticos - Nós, seres humanos, somos programados para
ficarmos insatisfeitos. Isso porque somos formados pelos nossos hábitos e
muitas vezes não paramos para observá-los. Olhe como você utiliza o seu tempo,
o que come, o que realmente veste, com quem conversa, quantas vezes olha para o
celular, enfim. Somos formados por esses hábitos e ao percebermos que podemos
mudá-los reprogramamos a forma como pensamos e concomitantemente podemos alterar
as nossas ações. Isso fará você trabalhar melhor, planejar a sua mudança de
carreira, se assim desejar, e construir relacionamentos mais sólidos.
Consciência no uso da
tecnologia - Quantos de nós afirmamos que a falta de tempo nos impede de
fazer coisas diariamente. Todavia, um estudo da Nokia revelou que na média um
indivíduo checa o seu celular 150 vezes por dia. Isso acontece, entre outras
razões, porque buscamos a sensação da Dopamina que consiste no sentimento de
recompensa quando retuítamos algo, recebemos cliques em uma foto, e checamos
quem visualiza os nossos Stories no Instagram.
Acontece que sem o
uso consciente, do tempo que destinamos por dia aos nossos smartphones, não
colocamos em prática experiências realmente importantes para nós. Como um
trabalho satisfatório, uma conversa realmente centrada ao que está sendo dito e
ouvido, uma viagem, ou a degustação de um bom prato. Viva o presente e real, a
tecnologia pode e deve ser usada, mas com consciência.
Lembre-se que suas
escolhas precisam ser justificadas apenas para si mesmo, e não ao outro -
Aqui, não estou afirmando a falta de empatia, e sim ampliando o debate de que o
minimalismo tem a ver intrinsecamente com o que é importante para o indivíduo.
Na forma mais singular possível. Ou seja, os itens físicos e escolhas
emocionais têm a ver com o propósito que isso tem para esse ser humano.
Mantenha coisas e
pessoas que lhe fazem felizes e tenham uma finalidade. Isso envolve
carreiras, relacionamentos, e até escolhas "banais" do dia a dia.
Se dê liberdade -
O minimalismo concede mais tempo, ou seja, mais liberdade. Mesmo que você more
com outras pessoas e tenha que compartilhar das suas escolhas\decisões e,
claro, entrar em acordo com os que dividem o próprio teto, e assim crescer como
grupo faça isso por você.
Além da forma de
aprendizado nas escolas também somos imersos a uma quantidade robusta de
informações, redes sociais, e padrões de consumo e de quem devemos ser ou
perseguirmos ser. Aqui entra a propaganda em massa que não é apenas direcionada
a adultos mais também a crianças e adolescentes. Nessa lógica social e vigente,
buscando o que não queremos, mas não nos dando conta disso, entramos em um
ciclo de acumularmos coisas, relacionamentos rasos, e pouca procura de nós
mesmos.
Nesse ciclo, trocar
de carreira quando se tem filhos pode ser algo impossível. Para aqueles que
não são casados e não tem crianças pode parecer mais fácil, porém mudar de
profissão exige um planejamento principalmente mental e isso independe se você
mora com outras pessoas, se tem família ou se é responsável por outro
indivíduo.
O minimalismo
consiste na ideia de menos é mais, porém algo que muitos confundem é que a
prática não é a oposição ao capitalismo e\ou ao consumo. E sim, uma mudança de
hábitos no consumo compulsivo. Quantos de nós temos roupas e outros itens em
casa que não têm finalidade? Ou como o próprio estudioso Joshuan Fields afirma
quanto de nós temos "coisas" que não nos fazem felizes?
Aplicar o minimalismo
além do seu lar pode ser algo difícil, porém trará uma vida mais simples e
pode lhe ajudar a mudar de carreira e\ou escolher uma profissão que o fará mais
feliz.
PENSE NISSO
“O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de
descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender”.
Soren Kierkegaard
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