O título de
"Doutor" é para quem tem doutorado!
“Chame-me de Doutor”, “Me respeite, sou um Doutor”. É
“doutor” aqui, “doutor” ali. Nunca uma palavra – um título acadêmico, para o
bom entendedor – foi tão vulgarizada em nosso país. Quer demonstrar respeito
para alguém? Chame-o de doutor. As considerações são do professor Augusto
Cesar, que cita como exemplo disso o que ocorreu em uma visita de um presidente
brasileiro à Espanha. O cerimonial da presidência da República entregou a lista
das autoridades que compunham a comitiva brasileira ao cerimonial do rei.
Quando o mesmo já ia se afastando para tomar as devidas providências, retornou
e perguntou ao cerimonial brasileiro se todos eram doutores. Constrangimento
geral. Foi pedida de volta a lista para que fosse reformulada com os
respectivos cargos. Lá, o cargo de doutor tem a mais alta relevância e não é
qualquer um que tem o direito de usar o mesmo. Não é dito e nem usado de forma
leviana como no Brasil. Confira os argumentos do especialista em cerimonial,
eventos e protocolo.
1 - Aqui o problema começa ao se querer fazer um convite,
enviar uma carta, uma petição, um cumprimento, e também na conversação em um
evento publico ou social onde se encontram autoridades. É comum a pessoa se
perguntar qual o pronome de tratamento que deve empregar, em meio as dezenas de
expressões que se convencionou considerar as mais respeitosas.
2 - Penso que é uma falsa idéia considerar os pronomes de
tratamento como necessários para manifestar respeito pelo cargo público que uma
pessoa ocupa. Esses cargos, em uma democracia, são conferidos pelo povo e
nenhum deles representa autoridade sobre pessoas; representam apenas
responsabilidade pelo cumprimento da lei no setor específico da autoridade
respectiva.
3 - O respeito pelo cargo de uma autoridade ou pela
autoridade da mesma, ou pela pessoa que exerce a autoridade, consiste em
respeitar a lei por cujo cumprimento ela é responsável, e não em chamá-la de
doutor ou de excelentíssima. Como dito,
os pronomes de tratamento são expressões do distanciamento e da subordinação em
que uma pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e
ensejar um relacionamento cortês e quem sabe, conseguir algum favor.
4 - O principal pronome de tratamento, consagrado
universalmente e o único que as pessoas comuns devem usar como necessária
manifestação de respeito, não importa a quem estejam se dirigindo, é “senhor” e
“senhora”, usando-se sempre o tratamento direto. A expressão Vossa Senhoria,
pela razão acima exposta já emprestaria uma ênfase desnecessária à
superioridade e, no meu entender, deveria ser evitada.
5 - O homem comum, mesmo quando se dirige ao Presidente da
República (e eu já fiz eventos com três e nunca os chamei de doutor), ou quando
fala dele, não deve utilizar mais que senhor presidente. Então, seria perfeitamente
polido e respeitoso o tratamento na frase: "Senhor presidente, o senhor
pode conceder-me uma audiência?", e o mesmo é válido para o tratamento com
qualquer autoridade, inclusive juízes, reitores, deputados e senadores.
6 - É de notar, e isto eu acho muito importante, que também
no tratamento que se dá ao reitor de uma universidade pode ser obrigatório o
emprego daqueles anacrônicos pronomes de tratamento apenas para os professores
e funcionários da universidade, que são seus subordinados, e para a burocracia,
se a universidade for federal, estadual ou municipal. No caso de se tratar de
uma universidade particular, apenas se o seu Conselho Universitário criar um
protocolo contendo tal determinação estaria o seu corpo docente obrigado a
empregar o pronome "Magnífico Reitor" ou "Vossa
Magnificência". Portanto, nesse caso, se você quer chamar o seu reitor de
magnífico com propriedade, apresse a aprovação do protocolo da sua instituição
estabelecendo tal preciosismo.
7 - Os alunos das universidades tanto públicas quanto
privadas, quando dirigem seus requerimentos ao reitor, não estão obrigados a
tratá-lo por "Vossa Magnificência" nem a endereçar sua petição
"Ao Magnífico Reitor", uma vez que não pertencem à instituição,
apenas a frequentam. O tratamento que devem dar ao reitor é apenas Senhor
Reitor.
8 - O emprego indevido de doutor é comum entre a gente mais
humilde e sem instrução, e por funcionários mal preparados, que associam a
palavra doutor a um status social ou a um nível de autoridade superior ao seu.
Essas velhas divisões não são condizentes com a democracia.
9 - É necessário lembrar que não existe lei (recentemente
houve um caso de um juiz que baixou uma norma para ser chamado de doutor) que
obrigue uma pessoa comum a tratar outra por doutor. Esse tratamento só é
obrigatório nos meios acadêmicos para aqueles que fizeram defesas (antigamente
pública) de Tese de Doutorado. Muito menos um tratamento discriminatório desse
tipo poderá ser um dever de civilidade ou de boas maneiras. Quando estabelecer
um novo relacionamento, limite-se simplesmente ao uso de senhor ou senhora.
10 - O título de doutor pode ser cassado. O de senhor e
senhora nunca!
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Nova idade
A bela Ingrid Ohana da Silva ganha idade nova no próximo
sábado, dia 4. Ela é universitária do curso de Recursos Humanos. Certamente
receberá inúmeras felicitações de seus amigos e familiares pelo transcurso do
seu natalício. A festa será comemorada ao lado da família. O registro da foto é
da Quadros Eventos/Mário Quadros. Parabéns!
Tânia Rezende
Quem esteve aniversariando foi a elegante Tânia Rezende, que
recebeu o carinho de seus amigos e familiares. Funcionária pública, Tânia
Rezende é formada em
Administração. Parabéns !
Ciências Contábeis
O servidor público Luis Augusto da Silva Valente colou grau,
nesta quarta-feira (1), no curso de Ciências Contábeis pela Unip. Parabéns!
Um aninho de
Valentina
O aniversário de um ano de Valentina Dias, filha de Fabrício
e Josi Dias, foi comemorado no Kart Belém, no dia 21 de março. A amiga Maria
Rita marcou presença aos festejos.
Chocolate
Caroline Favacho, universitária de Pedagogia, descobriu um
talento especial para doces e aproveita a época da Páscoa, em que
tradicionalmente a procura pelas delícias aumenta, para investir na produção de
kits com bombons de cupuaçu, coco e brigadeiro. A moça recebe encomendas no
WhatsApp (91) 98086 1277.
Prêmio
O Laboratório Sabin foi eleito o terceiro melhor lugar para
trabalhar no Estado do Pará. A premiação ocorreu na oitava edição do Prazer em
Trabalhar – 2015, evento organizado pelo
Diário do Pará em parceria com a Gestor Consultoria, que valoriza e reconhece
as melhores práticas em gestão de Recursos Humanos. A presidente Executiva do
Laboratório Sabin, Lídia Abdalla, a diretora Administrativa e de Pessoas, Marly
Vidal e a Gestora Técnica no Laboratório Sabin em Belém, Priscila Braga, também
receberam o Prêmio Holos na noite da
última segunda (30).
Advogadas atrizes
As advogadas Carolina Collares e Carla Monteiro estão no
elenco da peça “O Mago na Era dos Dinossauros” que será apresentada no final do
ano no Theatro da Paz, dentro do projeto A Família Conta um Conto, do Peteleco
e CEMP. O texto é de Alex Viegas.
ACONTECE
PIS e Confins
O advogado Fábio Rodrigues, mestre em Ciências Contábeis ,
ministrará o curso “Recuperação de Créditos do PIS e Confins”, promovido pelo
Sescon-PA no dia 16 de abril, voltado para contadores, advogados,
administradores e demais profissionais ligados à área de revisão e gestão
tributária. Inscrições no site do sindicato.
Premiação
A professora Lourdes Furtado, antropóloga e pesquisadora do
Museu Goeldi recebeu o Prêmio Dalcidio Jurandir, patrocinado
pelo Governo do Estado e Fundação
Cultural, com o livro Memórias de um Tempo Quase Ontem.
Mutirão de Confissões
A programação religiosa da Igreja Matriz de São José, do
bairro do Umarizal, começou na última quarta-feira, com a realização do
tradicional “Mutirão de Confissões”, que,
antecede o inicio da “Semana Santa”.Ocorreram dois “Mutirões
de Confissões”, na igreja de São José e Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Os
padres Glauco (São José)
e Cleomar Oliveira (Capela de Lourdes) estão à frente da
programação. Na quarta-feira passada foi realizada a Procissão do Encontro.
Divida Ativa
O presidente do Conselho Regional de Administração do Estado
do Pará (CRA/PA), José Célio Santos Lima, foi designado pelo presidente do
Conselho Federal de
Administração (CFA) Sebastião de Mello, para coordenar a
Comissão Especial para Estudo da Divida Ativa do Sistema CFA/CRA’s, com objetivo
de estudar e propor um
padrão de procedimentos a serem adotados para o registro,
processamento, tratamento e cobrança da Divida Ativa. A primeira reunião
ocorrerá em Curitiba/PR.
PENSE NISSO
"Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe
que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito".
Olá, sou Design e, buscando uma imagem significativa para uma página de um curso de doutorado de meu cliente, depareime-me com seu artigo. Impossível não dar uma paradinha para ler, e que delícia sua forma de expressão da mais pura verdade de como o carteiraço é exposto para geralmente exigi algo indevido, seja ele verdadeiro ou não. Isso é o Brasil no seu melhor.
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