Em primeiro lugar, para o bem de todos e não só de nós
mesmos, nesses tempos de pandemia do novo coronavírus, fique em casa. Se puder,
deixe a rua para os heróis da vida real que estão garantindo os serviços
essenciais. A orientação é da psicóloga Bia Nóbrega, coach, mentora,
palestrante, conselheira e executiva há mais de 22 anos na Área de Recursos
Humanos. Ela separou algumas dicas para você atravessar o período de quarentena de forma mais confortável
possível. Confira.
Lembre-se que a saúde física depende não só do que você come,
mas também do que você pensa e do que você sente.
Acolha sentimentos negativos esperados como medo, tristeza,
tédio, irritação etc. Agradeça, pois eles estão aí para nos alertar que vivemos
algo nunca antes vivido e que estarmos firmes e fortes é fundamental para
passarmos bem, e juntos, por esta fase.
Se alimente de bons pensamentos, veja e ouça o que pode te
fazer bem.
Você que reclamava da sua rotina deve estar desejoso de
tê-la de volta. Sabe o porquê? Porque rotina nos dá a sensação de controle
sobre o futuro e hoje estamos fora da rotina.
Então comece já uma nova rotina: ter hora para acordar, se
arrumar para trabalhar ou estudar (nada de ficar de pijama), a cada duas horas
parar para comer algo saudável, fazer atividade física leve, fazer happy hour
virtual e ter hora para dormir é importante para seu cérebro entender que a
vida está fluindo.
Por fim, aproveite as horas economizadas em não ter que se
deslocar para trabalhar ou estudar, para ler o livro parado, tocar o instrumento
guardado, estudar a língua estrangeira que tanto desejava, ver a série ou filme
que alguém te indicou e pôr ordem na sua casa e nas suas coisas.
E uma dica de ouro: enquanto arruma suas coisas, intencione
colocar suas ideias também no lugar. Te garanto: é milagroso – teste e verá.
Neuropsicóloga aponta como a quarentena está afetando os
relacionamentos e a saúde mental e emocional das famílias
Em um período difícil de isolamento social como medida de
prevenção à proliferação do novo coronavírus, muita coisa se alterou no quesito
convivência familiar, devido a permanência maior de todos em casa e das
dificuldades decorrentes dos desdobramentos da pandemia do covid-19. Contudo,
profissionais da saúde e especialistas do assunto têm apontado que as
consequências deste isolamento pode levar a casos de adoecimento no âmbito
psicológico e emocional, refletindo diretamente na dinâmica das famílias e na
vida cotidiana.
A neuropsicóloga e psicanalista Dra. Leninha Wagner aponta
preocupação em relação às mudanças promovidas pela quarentena, a situação de
confinamento e a ameaça biológica do covid-19: “Todos nós, profissionais da
saúde mental, estamos preocupados com os desdobramentos do panorama mundial, que nos obrigou ao isolamento social ou mesmo confinamento. Gerando tantas incertezas, que criam
medos e ansiedade. Todo este cenário negativo, irá desencadear, de forma irreversível, problemas na
psiquê humana. Estamos todos com atenção focada para a saúde do corpo; e
com total razão.
Porém já começam a aparecer um aumento substancial de
adoecimento psíquico. O ser humano é por essência, paradoxal, isto é, somos um
“indivíduo de relação”. Como indivíduos, somos inteiros; e indivisíveis, mas
precisamos nos relacionar. Como bem disse Freud, é preciso amar para não
adoecer”.
Laços afetivos e familiares podem ser abalados
A especialista ressalta que uma situação como esta pode
abalar as relações familiares, embora elas sejam fortes: “Se observarmos,
precisamos de dois para fazer um. Um carrega dois. Apesar do corte do cordão
umbilical, os laços afetivos e emocionais nos ligam para toda a jornada da
vida.
Mas ainda assim; e apesar de tudo, todo excesso esconde uma falta. E no
excesso do convívio familiar, nos faltarão as relações sociais, profissionais,
que nos dão prazer e nos acalmam a alma. Porém, os relacionamentos, que em
psicanálise chamamos “afetos”, o quanto eu te afeto, o quanto por você sou afetado. Há sempre uma
carga emocional ambivalente, isto é, amor e ódio duelando para trazer o
equilíbrio à relação, seja ela familiar, afetiva ou amorosa.”
“Ninguém pode me magoar, salvo aquele à quem eu amo”.
Segundo a Dra. Leninha, a face oculta do amor pode ser a
também raiva. Logo, lidar com essa emoção tão poderosa quanto negativa, em
tempos de confinamento e excesso de convívio familiar pode fazer emergir
conteúdos latentes que estavam mascarados entre as distrações do convívio
social: "Quando somos tolhidos, dessas distrações e confrontados a médio ou
longo prazo com aquilo que contemos, mas escondemos de nós mesmos, tudo isso
pode se manifestar em ondas de calorosas discussões, com projeções de aspectos
que são da própria pessoa. Mas ela usa da negação sobre si, para enxergar no
outro, todos os pontos negativos da relação. Chegará o momento em que a “cara
metade”, já não é tão cara e deixará de ser metade.”
A neuropsicóloga também ressalta a imprevisibilidade da
situação em que estamos: “Fomos de forma inesperada, obrigados a nos isolar
socialmente, e convivermos mais proximamente com o sistema familiar. Esposa e
marido, filhos e pais, irmãos, avós e etc. Algumas relações estarão diante de um
caso clínico de extremos. Ou haverá uma ruptura irreversível, ou o
fortalecimento da união.
Conflitos e confrontos irão vir à tona, mágoas e cobranças irão emergir. Todos os conteúdos
que estavam escondidos sob as camadas das ocupações da rotina diária: Trabalho,
academia, shoppings, drinques, bate-papos, escola das crianças e etc. Estão
contidos, naquilo que não pode mais conter tanto assim: o lar.”
Como manter a unidade familiar e emocional durante o
confinamento
Para a Dra. Leninha, o segredo consiste em juntar as peças daquilo que formava uma
unidade viva e dinâmica, mas funcional: "Somente com a vontade dessa
pequena comunidade a que chamamos “família”, será possível retornar a
homeostase. O casal precisa buscar a sintonia perdida, para que em par, ambos
sejam atendidos em suas necessidades, alcançando assim o bem estar individual e
do casal. É necessário abrir o canal de comunicação – diálogo.
Rever o contrato
antigo a que chamamos casamento, inserindo novas cláusulas com o firme
propósito de restabelecer a vida conjugal. Tudo voltará ao normal, pois tudo na
vida passa e esse momento também passará. Mas é necessário equilíbrio e saúde
emocional, para ultrapassar esse momento. Certamente, há a possibilidade de sairmos
todos, mais maduros e fortalecidos com todo aprendizado que o momento pode nos
oferecer.”
PENSE NISSO
O poder que vem do dinheiro, da força, da beleza, da fama e
da política são efêmeros. Só o poder do amor fraternal é infinito, porque sua
origem é divina.
Dom Mailliw Avlis
NOTAS
DICAS DE PSICÓLOGO
Para aliviar o sentimento de angústia, em tempos de
pandemia, o psicólogo Jairo Guilherme Vasconcelos dá dicas no Instagram da
fazenda dos Martins, que está de porteiras fechadas.
SEGUNDA HERDEIRA
A psicóloga Lorena Coral, aqui com o marido Daniel Alves e a
filha Luísa, espera para breve a chegada da segunda herdeira, Helena.
GASTRONOMIA REGIONAL
Marcos Alves vem realizando um gostoso trabalho de incentivo
à gastronomia regional, em tempos de coronavírus, através de seu boteco
especializado em camarões.
MÃOS NA MASSA BRASIL
Paola Electo e Nathalie Furtado participam, com sucesso, do
projeto “Mão na Massa Brasil” que ajuda a capacitar mulheres diagnosticadas com
câncer.
HOME OFFICE
Cristina Sanches Figueiredo Mendonça, servidora do Instituo
Evandro Chagas, está gostando de trabalhar no sistema home office, devido a
pandemia, e se diz confiante de que o
problema vai passar logo. “A história nos ensina que após grandes adversidades,
renascemos e evoluímos. Por isso, não devemos temer o desconhecido, as novas tecnologias
ou os novos formatos de trabalho e produção”, afirma.
ACONTECE
VIDEOAULAS GRATUITAS
Em função das medidas protetivas tomadas por conta do novo coronavírus,
o Colégio Equipe está disponibilizando aulas online para os estudantes. O
conteúdo para o Ensino Médio está disponível no canal do Youtube
(/sistemaequipe) e está aberto ao público. Alunos de escolas públicas e
particulares podem acessar as aulas gratuitamente. Lives com os professores
também são realizadas na plataforma diariamente, às 17h.
SERVIÇO ONLINE
Obedecendo às orientações dos órgãos de saúde para prevenção
contra o Covid-19, o presidente do Sindcon/Sevovi/PA, Nazareno Nogueira Lima,
decidiu que os atendimentos aos associados será via on-line, de 9h às 14h, de
terça a quinta-feira.
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