quarta-feira, 26 de setembro de 2018

É possível casar e morar em casas separadas?




A configuração das famílias tem mudado ao longo dos anos, tanto no Brasil quanto em outros países. Uma dessas mudanças, cada vez mais comum, são os casais que decidem morar em casas separadas. O movimento tem até um nome: Living Apart Together (LAT), cuja tradução seria algo como “morando separados, porém juntos”. Segundo as psicólogas Marina Simas de Lima e Denise Miranda de Figueiredo, terapeutas de casal, família e cofundadoras do Instituto do Casal, esse modelo de relacionamento não é novo. Há estudos de mais de 20, 30 anos sobre o tema. Ela afirme que viver em casas separadas é um fenômeno relacionado às mudanças da sociedade. É um movimento de pessoas que querem ter relacionamentos afetivos íntimos e de longo prazo, mas que rejeitam, por vários motivos, o modelo tradicional, preferindo manter seu espaço, privacidade ou independência, esclarecem as terapeutas. Confira mais informações sobre o tema. 


Razões práticas - Em países como Estados Unidos, Canadá e em alguns países da Europa, é muito comum encontrar casais que optam por morar em casas separadas. Segundo um estudo sobre o tema, a maioria dos casais que escolhe este modelo de relacionamento, o faz por razões práticas. Entre os mais jovens, os motivos estão mais ligados aos estudos ou ao trabalho, por exemplo. Outra explicação, de acordo com a pesquisa, é que os mais jovens usam como uma espécie de experiência inicial para depois decidir se irão ou não morar juntos. 

Já para os casais mais velhos, as razões são diferentes. Entre os divorciados e viúvos, os motivos estão mais relacionados aos filhos dos relacionamentos anteriores, ao desejo de manter a independência ou ainda ao medo de passar por novas decepções amorosas. Há ainda aqueles que querem morar separados para resistir às normas tradicionais do casamento e viver uma relação mais aberta e liberal.

Será que funciona? - O modelo de viver em casas separadas pode funcionar bem para alguns casais. Cada casal tem seu próprio jeito de estabelecer como esse modelo irá funcionar. É possível ter projetos e objetivos em comum, mesmo vivendo em casas diferentes. Não é o espaço físico que estabelece a identidade conjugal e sim como o casal constrói sua dinâmica, seu funcionamento, além claro da qualidade do vínculo afetivo.

Longe dos olhos, mas dentro do coração - Uma das principais vantagens de viver em casas separadas é deixar espaço para sentir saudades e não vivenciar a rotina, que para alguns casais pode ser algo visto como um complicador dentro de uma relação afetiva.

Sem dúvidas, quem vive em casas separadas tem alguns benefícios em comparação com os casais que vivem juntos. Em geral, como o tempo a dois é reduzido, esses casais tendem a aproveitá-lo de uma forma mais intensa do que aqueles que moram juntos.

Outro ponto é que o funcionamento deste tipo de relação pode lembrar um namoro, com mais tempo dedicado ao casal e menos distrações ou problemas cotidianos
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Desafios e desvantagens - Por outro lado, esse modelo traz alguns desafios. Um deles é a criação e educação dos filhos, que pode ser mais complicada ou desafiadora. Inclusive, pode até ser que esse casal enfrente conflitos em relação a ter ou não filhos, justamente por viver desta forma. Outro conflito que pode surgir é o ciúme. 

Outra desvantagem é a questão financeira - O casal terá custos em dobro para viver em casas separadas. Assim, é mais comum que esse modelo de casamento seja uma opção para pessoas com mais estabilidade financeira, que já foram casadas ou ainda para aquelas que simplesmente preferem ter seu próprio espaço, por diferentes razões e que possuem condições financeiras para viver desta forma.

Um novo modelo de amor? - A sociedade vive um processo intenso de transformações no que diz respeito à família e ao casamento. Estamos num momento de transição, ou seja, as pessoas estão procurando novas maneiras de viver a dois. Isso é um fato. Viver em casas separadas é um modelo que pode funcionar dentro deste novo contexto social.

Ingredientes indispensáveis - Para que qualquer relacionamento afetivo dê certo são necessários alguns ingredientes. Morando junto ou cada um na sua casa, é preciso deixar claro quais são os combinados e o que cada membro do casal espera do outro. O mais importante é viver o amor em sua plenitude e ter satisfação dentro deste relacionamento.

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PENSE NISSO

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”.

Sócrates

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Veja como o minimalismo pode ajudar a mudar sua vida




Desde a escola até a vida adulta aprendemos de forma receptiva e não ativa. Ouvimos uma pessoa que sabe mais do que nós, professores, e fazemos provas ao fim dos semestres para atestarmos que captamos o conteúdo passado. Segundo Fabiano Castro, da Minds English School, especialista em carreira, não somos treinados a aprendermos de forma ativa, sendo proativos, buscando o conhecimento. Isso é refletido na nossa vida profissional. “Optamos por profissões em que a linha de ganhos, em reais ou em outra moeda, seja rápida e sempre ascendente”, destaca.

Segundo ainda Castro, "o minimalismo não é uma competição de quem tem menos e consegue viver com menos. É uma nova forma de viver mais. Ter mais saúde, trabalhar com o que se gosta, ter mais tempo para os filhos, amigos, e vivenciar experiências reais", evidencia o especialista. Confira algumas dicas.

Avalie cada coisa que tem em casa e no ambiente de trabalho - Veja se realmente você usa esse objeto, a quanto tempo não o usa, e se ele tem um propósito, uma finalidade ou se lhe faz feliz. É um processo. Você não vai conseguir se desfazer de tudo o que não lhe é útil rapidamente, porém persista. Cheque o que pode ser doado e o que tem que ir para o lixo. Aos poucos essa "faxina" no externo intervirá no seu interno e nas suas decisões no dia a dia.

Observe os seus comportamentos automáticos - Nós, seres humanos, somos programados para ficarmos insatisfeitos. Isso porque somos formados pelos nossos hábitos e muitas vezes não paramos para observá-los. Olhe como você utiliza o seu tempo, o que come, o que realmente veste, com quem conversa, quantas vezes olha para o celular, enfim. Somos formados por esses hábitos e ao percebermos que podemos mudá-los reprogramamos a forma como pensamos e concomitantemente podemos alterar as nossas ações. Isso fará você trabalhar melhor, planejar a sua mudança de carreira, se assim desejar, e construir relacionamentos mais sólidos.

Consciência no uso da tecnologia - Quantos de nós afirmamos que a falta de tempo nos impede de fazer coisas diariamente. Todavia, um estudo da Nokia revelou que na média um indivíduo checa o seu celular 150 vezes por dia. Isso acontece, entre outras razões, porque buscamos a sensação da Dopamina que consiste no sentimento de recompensa quando retuítamos algo, recebemos cliques em uma foto, e checamos quem visualiza os nossos Stories no Instagram.

Acontece que sem o uso consciente, do tempo que destinamos por dia aos nossos smartphones, não colocamos em prática experiências realmente importantes para nós. Como um trabalho satisfatório, uma conversa realmente centrada ao que está sendo dito e ouvido, uma viagem, ou a degustação de um bom prato. Viva o presente e real, a tecnologia pode e deve ser usada, mas com consciência.

Lembre-se que suas escolhas precisam ser justificadas apenas para si mesmo, e não ao outro - Aqui, não estou afirmando a falta de empatia, e sim ampliando o debate de que o minimalismo tem a ver intrinsecamente com o que é importante para o indivíduo. Na forma mais singular possível. Ou seja, os itens físicos e escolhas emocionais têm a ver com o propósito que isso tem para esse ser humano.

Mantenha coisas e pessoas que lhe fazem felizes e tenham uma finalidade. Isso envolve carreiras, relacionamentos, e até escolhas "banais" do dia a dia.

Se dê liberdade - O minimalismo concede mais tempo, ou seja, mais liberdade. Mesmo que você more com outras pessoas e tenha que compartilhar das suas escolhas\decisões e, claro, entrar em acordo com os que dividem o próprio teto, e assim crescer como grupo faça isso por você.

Além da forma de aprendizado nas escolas também somos imersos a uma quantidade robusta de informações, redes sociais, e padrões de consumo e de quem devemos ser ou perseguirmos ser. Aqui entra a propaganda em massa que não é apenas direcionada a adultos mais também a crianças e adolescentes. Nessa lógica social e vigente, buscando o que não queremos, mas não nos dando conta disso, entramos em um ciclo de acumularmos coisas, relacionamentos rasos, e pouca procura de nós mesmos.

Nesse ciclo, trocar de carreira quando se tem filhos pode ser algo impossível. Para aqueles que não são casados e não tem crianças pode parecer mais fácil, porém mudar de profissão exige um planejamento principalmente mental e isso independe se você mora com outras pessoas, se tem família ou se é responsável por outro indivíduo.

O minimalismo consiste na ideia de menos é mais, porém algo que muitos confundem é que a prática não é a oposição ao capitalismo e\ou ao consumo. E sim, uma mudança de hábitos no consumo compulsivo. Quantos de nós temos roupas e outros itens em casa que não têm finalidade? Ou como o próprio estudioso Joshuan Fields afirma quanto de nós temos "coisas" que não nos fazem felizes?

Aplicar o minimalismo além do seu lar pode ser algo difícil, porém trará uma vida mais simples e pode lhe ajudar a mudar de carreira e\ou escolher uma profissão que o fará mais feliz.

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PENSE NISSO

“O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender”.

Soren Kierkegaard



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Você sabe como evitar ataques de engenharia social?



O termo “engenharia social” é usado na área de segurança da informação para descrever um método de ataque no qual alguém faz uso de persuasão, muitas vezes abusando da ingenuidade ou confiança do usuário, para obter informações que podem ser utilizadas para ter acesso não autorizado a computadores ou informações, ou seja, a manipulação psicológica e emocional de pessoas para a execução de ações específicas. Especialistas em segurança da Cylance explicam o que é engenharia social, quais os tipos de ataques mais comuns e como evitá-los. Confira.

A maioria das pessoas que cai em algum golpe online ou ataque de engenharia social esconde-se de vergonha e mantém essa notícia o mais privada possível, por medo de parecer tola. Mas a realidade é que muitas pessoas caem nesse tipo de ataque. É por isso que os cibercriminosos continuam fazendo isso para conseguir o que querem. Funciona. Como poderemos aprender com esses erros, a menos que possamos discuti-los de maneira aberta e transparente, sem vergonha?

Os atacantes bem-sucedidos sabem como as pessoas funcionam e como explorar as fraquezas humanas. É o golpe chamado de “Pote de Mel da Vaidade Acadêmica”. Você não precisa ser psiquiatra para saber que pode aproveitar o orgulho e o ego de uma pessoa para enganá-la. É o equivalente a colocar um grande pedaço de queijo em uma ratoeira. A técnica funciona porque nós caímos nela, de novo e de novo.

Em vez de ficarmos com vergonha de nós (ou nossa empresa) termos nos tornado vítimas, devemos discutir abertamente esses eventos com aqueles que nos rodeiam, para que outros possam aprender com nossos erros.

Existem outros tipos de golpes da Internet, além do “Pote de Mel da Vaidade Acadêmica”. Confira alguns:

Golpe na temporada de impostos – pode ter várias formas, mas geralmente é mais prevalente antes da temporada de impostos. Por exemplo, um e-mail de phishing é enviado para o destino que contém um link malicioso. O e-mail supostamente é da Receita Federal ou do próprio contador do usuário. Mais comumente, esse tipo de e-mail dirá que são necessárias mais informações do usuário ou que algo está errado em seus registros fiscais, ou que foi pago mais ou menos que na última temporada de impostos e solicita que "clique no link" para fazer login em sua conta na Receita Federal e corrigir o problema. Alerta de spoiler: o link não leva ao site legítimo.

Golpe de romance – nessa ameaça crescente e particularmente maléfica, os vigaristas da Internet se apresentam como mulheres ou homens solteiros desejáveis, na tentativa de convencer as pessoas a se apaixonarem por elas, para depois tentarem roubar seu dinheiro. Esse golpe é particularmente cruel e geralmente atinge homens e mulheres recentemente divorciados. Isso pode levar as vítimas a grandes prejuízos, somas de dinheiro muito altas, à medida que o criminoso brinca com o desejo da pessoa de se conectar com outra e com sua vontade altruísta de ajudar alguém em necessidade.

Golpe no LinkedIn – normalmente, uma solicitação de conexão é enviada de uma conta falsa do LinkedIn para os funcionários da empresa que um atacante tem como alvo. Em sua seção “Emprego”, o golpista coloca o nome dessa empresa e faz seu trabalho parecer plausível, por exemplo, fingindo ser um profissional de marketing em uma empresa de relações públicas. Ele sabe que é menos provável que os funcionários questionem uma solicitação de conexão de uma pessoa de sua própria empresa. Quanto mais as pessoas caírem no golpe e adicionarem o criminoso como uma conexão do LinkedIn, mais legítimo será seu perfil e a mais pessoas ele será direcionado. Uma vez que tenha muitos "amigos internos", o fraudador tentará iniciar uma conversa com seus novos colegas para obter conhecimentos privilegiados sobre a empresa que possam ser usados em um ataque.

Golpe no Facebook – funciona como o golpe do LinkedIn, mas o golpista usa informações obtidas lendo a conta do alvo no Facebook para criar um perfil falso personalizado que seja irresistível para a pessoa, com base em seus interesses exatos (por exemplo, imagens exibindo grande riqueza e carros sofisticados, ou posando como um humanitário que resgata gatos de rua na vizinhança da pessoa). Quando a vítima adiciona o criminoso como amigo, ele cria uma teia de mentiras para tentar induzir o usuário a doar dinheiro ou atraí-lo para revelar fatos úteis que possam ser usados para enredar os amigos do usuário. Ele também pode enviar links maliciosos no Messenger para tentar assumir a conta.

Sinais de alerta a observar

Ninguém está completamente imune a cair em trapaças e, como os golpes se tornam cada vez mais criativos e tecnologicamente complexos, não se esqueça de se informar sobre o assunto para evitar ser vítima.

Golpes fiscais: lembre-se de que a Receita Federal NUNCA iniciará contato com os contribuintes via e-mail, texto ou canais de mídia social. Ela faz uso dos Correios para comunicar-se com eles.
Se você receber uma mensagem da Receita Federal por qualquer canal alternativo pedindo suas informações pessoais ou alegando que você lhes deve dinheiro, não é real. Se for ameaçado por meio de qualquer canal com ação da polícia, do banco ou de imigração, não é a verdadeira Receita Federal. Se insistirem que você pague agora, por telefone, boleto ou cartão de crédito, não é o “Leão”. Se ligarem para você sobre um assunto urgente, geralmente você já recebeu várias cartas e avisos pelo correio antes, quando tentaram entrar em contato com você.

Golpes de mídia social: faça o download da foto do perfil da pessoa em questão. Em seguida, use o recurso de pesquisa reversa do Google Images para ver se a foto do perfil ou outras imagens da conta existem em outro lugar na web. Se isso acontecer, você pode visitar o site de postagem original (clique em "visitar" nos resultados da pesquisa) para ver se é a mesma pessoa. Usuários/perfis falsos geralmente roubam contas online reais de estranhos inocentes para obter conjuntos completos de fotos para usar em seu perfil falso. Eles podem até mesmo duplicar/clonar uma conta real nos mínimos detalhes para obter uma dose extra de legitimidade.

Golpes de phishing: os phishers têm um objetivo, que é ganhar sua confiança e, em seguida, fingir uma crise da qual só você pode salvá-los enviando dinheiro. Podem levar semanas ou até meses antes de atacar, mas eles vão atacar. A moral da história é nunca, jamais enviar dinheiro para alguém que você nunca conheceu na vida real. Telefonemas não contam: a pessoa na linha pode ser um ator ou o golpista pode usar software de mudança de voz. Se uma pessoa parece ser legítima online, mas constantemente inventa desculpas sobre não conseguir se encontrar com você na vida real, tenha extrema cautela.

Alerta de golpe: se você disser “não” a um golpista quando solicitado a enviar dinheiro para ajudá-lo em uma crise ou um evento infeliz e ele ficar irritado ou abusivo, isso é um enorme alerta de que ele não é quem diz ser. Uma pessoa real teria uma resposta mais realista, como se desculpar por perguntar, demonstrar remorso/culpa ou agradecer por apenas ouvir.

Acima de tudo, confie em seu bom senso. Lembre-se do antigo ditado: "Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é." Se você acabou de ser demitido de um emprego ruim e, de repente, um recrutador jovem e bonito do seu empregador dos sonhos entra em contato com você do nada com uma oferta de emprego, é provável que seja uma farsa. Se você tem reclamado online por meses sobre sua conta bancária e um novo amigo do Facebook de repente se oferece para pagar sua dívida se você abrir uma conta bancária para o tio rico do Zimbábue e depositar “uma pequena taxa bancária”, é uma farsa. Se você conheceu alguém online de boa reputação cujo perfil diz possuir um diploma avançado em Literatura Inglesa, mas que envia e-mails ou textos cheios de erros de digitação, é uma farsa. Confie em seus instintos, não é à toa que você os tem.

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 PENSE NISSO

“Mudar de atitude ainda é a melhor forma de pedir perdão”.


Autor desconhecido

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Relação com sogra lidera ranking de motivos de brigas de casais




Apesar dos conflitos com a família de origem não aparecerem no topo do ranking dos 38 motivos que levam os casais brasileiros a brigarem, a relação com a sogra ainda é um problema para 26% dos entrevistados que participaram da pesquisa realizada pelo Instituto do Casal, em junho de 2018. Em segundo lugar, quando feito o recorte sobre a família de origem, aparecem os cunhados e cunhadas com 17%. Por último, surge o sogro, com apenas 8%. Segundo as psicólogas Marinas Simas de Lima e Denise Miranda de Figueiredo, terapeutas de casal e família e cofundadoras do Instituto do Casal, as queixas mais comuns estão ligadas à interferência da família de origem, em especial da sogra, em assuntos que só dizem respeito ao casal. Veja as considerações das especialistas.

Os conflitos entre sogras e noras geram piadas e até filmes que retratam as dificuldades nesse relacionamento. Entretanto, não há nada de engraçado. Pelo contrário, pode se tornar uma relação tóxica e afetar muito a vida a dois.

O parceiro, em especial, fica no meio do fogo cruzado entre a esposa e a mãe. E, muitas vezes, se vê obrigado a escolher um lado. Infelizmente não é o que deveria acontecer, porém em algumas situações podemos precisar fazer essas escolhas para construir a vida a dois.

A sogra pode ver a nora como uma rival, que nunca irá cuidar do filho tão bem quanto ela ou ainda pode considerar que a nora não está educando ou criando os netos como ela faria, por exemplo.

Há também muitos problemas quando os sogros querem impor suas opiniões sobre a as questões financeiras do casal. Em outros casos, os sogros não respeitam a dinâmica do casal e tendem a querer manter o papel de autoridade ou podem pressionar o casal a seguir o mesmo modelo, os mesmos valores ou normas da família de origem.

O resultado da pesquisa sobre os cunhados foi surpreendente. Em geral, a maioria dos conflitos entre cunhados e cunhadas acontece por ciúmes, rivalidade e competição pela atenção dos sogros.

Como equilibrar as relações familiares?

Infelizmente, os conflitos com a família de origem, quando não resolvidos, podem gerar estresse e, como consequência, podem afetar o casamento e a relação do casal com a família de origem.

O casal pode começar a evitar os encontros familiares e se distanciar em demasiado da família de origem. Um certo grau de distanciamento é importante para que o casal possa construir sua identidade conjugal e assumir novos papéis, vivendo como casal e não mais como filho ou filha. Mas, afastar-se não significa não visitar mais, não falar mais ou ainda viver em conflito.
Vale ainda ressaltar que cada membro do casal traz padrões de comportamento para o relacionamento que irão influenciar na construção da nova família. Entretanto, nem sempre esses padrões são bons.

Essa “bagagem” familiar pode interferir na construção de um relacionamento positivo e resultar em conflitos importantes. Nestes casos, a terapia de casal pode ajudar muito a identificar os fatores que estão impedindo o crescimento conjugal.



Veja agora algumas dicas para lidar com os conflitos com a família de origem:


Casal unido jamais será vencido: A primeira dica é a união do casal. Os problemas com a família de origem, seja com a sogra, sogro ou cunhados são do casal. Portanto, é preciso partir dessa premissa para pensar em soluções em conjunto.

Fale dos seus sentimentos: Outro ponto importante é que se você está passando por algum problema com a sogra ou outro parente, fale abertamente com seu (sua) parceiro (a). Porém, aqui vai uma dica: diga como você se sente, sem atacar a pessoa. Exemplos: “eu me sinto chateada quando sua mãe diz isso ou faz aquilo...”.

Lembre-se: mãe é mãe, então evite criticar a sogra, expresse como você se sente. E se fosse a sua mãe? Você iria gostar de ouvir críticas sobre ela? Isso também vale para o sogro, cunhados e cunhadas.

Entenda as diferenças. Cada família é única: O casamento envolve a união de suas pessoas criadas sob diferentes valores e cultura. O que é normal para uma família, pode não ser para a outra. Mas, lembre-se que o casamento é a construção de uma nova família, com novos valores e com uma nova identidade, formada pelo casal.

Estabeleça limites: O combinado não sai caro. Já ouviu essa expressão? Deixe claro para as famílias de origem quais são os limites da interferência aceitos pelo casal.

Traga o bom, deixe o ruim: Todos nós trazemos para os relacionamentos afetivos a bagagem familiar. Porém, identifique o que pode ser benéfico para sua nova família, o que pode ajudar a fortalecer o relacionamento. Avalie o que não foi tão bom assim e procure evitar repetir esses padrões.

Pense nas crianças: Caso você tenha filhos, procure não privá-los da convivência com os avós, tios, tias, primos e primas. Isso é muito importante na construção da identidade da criança, da personalidade, da história da família.

Nem tudo tem solução: Por fim, há problemas que simplesmente não podem ser resolvidos. Aceite e procure conviver da melhor forma possível com isso.


PENSE NISSO

"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos".


Marcel Proust