quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Você sabe quais são os fatores que causam diminuição da sua libido?




Segundo uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio do Hospital Perola Byton, 48% das mulheres procuram ajuda médica por conta de disfunções sexuais - 45% dessas estão entre a faixa etária de 40 a 55 anos; 36,4% entre 25 e 39; e somente 7,9% tem entre 20 e 24 anos. Já o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro aponta que esses problemas independem da idade da mulher, mas variam de acordo com a faixa etária. Falta de desejo é queixa de 5,8% das jovens entre 18 e 25 anos e de 19,9% de quem já passou dos 60. Entre os homens, essa porcentagem diminui bastante: apenas 2,4% dos jovens e 5% dos idosos reclama de baixa libido.

De acordo com a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra; especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa; e especialista em Reprodução Assistida pela Febrasgo, a falta de libido é uma das maiores queixas no consultório, especialmente entre casais que têm dificuldade para engravidar, pois o sexo deixa de ser prazeroso.
O estresse, por exemplo, interfere bastante na questão da libido, pois interfere no sistema nervoso autônomo pelo aumento do cortisol. Sendo assim, este desequilíbrio acaba alterando o humor, a sensação de bem-estar e, consequentemente, o desejo sexual.

Diminuição da testosterona
A testosterona é um hormônio considerado masculino, afinal, sua concentração no corpo do homem é de 20 a 30 vezes maior do que no corpo feminino. Na mulher, quando a testosterona está em seus níveis ideais, é um importante componente regulador das funções biológicas do organismo.

Quando os níveis do hormônio na mulher ficam baixos, várias disfunções são ocasionadas, entre elas, a baixa libido. No entanto, a queixa é menor em mulheres na idade reprodutiva. Ela pode acontecer com mais frequência após a menopausa (lembrando que a testosterona nunca deve ser dosada em vigência do uso de contraceptivos hormonais, pois os resultados são mascarados pelo uso de hormônios).

Álcool
Em pequenas doses, pode levar ao aumento da libido em algumas pessoas, pois diminui a inibição e torna o indivíduo mais “relaxado” e menos inseguro. Entretanto, mais do que quatro doses de álcool por semana podem comprometer a libido da mulher. Isso porque, aparentemente, o álcool pode "imitar" o estrogênio e atrasar ou impedir a ovulação (exatamente no período em que a mulher alcança o auge da sua libido, segundo um estudo australiano). Os especialistas acreditam que o fato de não ovular pode comprometer também a atuação dos hormônios. O ideal é substituir o copo de vinho ou cerveja por água tônica, que contém relaxante natural para o corpo. 

Estresse
Interfere no sistema nervoso autônomo pelo aumento do cortisol (popularmente conhecido como "hormônio do estresse", o cortisol, que é produzido pelas glândulas suprarrenais, é liberado em momentos de nervosismo). Sendo assim, este desequilíbrio acaba alterando o humor, a sensação de bem-estar e, consequentemente, o desejo sexual.

Hipotireoidismo
A tireoide é uma glândula situada na parte anterior de nosso pescoço, responsável pela produção dos hormônios T4 e T3, fundamentais para o crescimento, metabolismo, para a fertilidade, entre outras funções. O funcionamento insuficiente da tireoide é chamado de hipotireoidismo.

Os sintomas relacionados ao hipotireoidismo são consequência, principalmente, dos níveis baixos dos hormônios produzidos pela glândula. Entre eles, a baixa libido. O hipotireoidismo é mais comum em mulheres, especialmente acima dos 40 anos. Se não tratado, além da diminuição da libido, pode causar cansaço excessivo, alteração da função intestinal e até depressão, afetando ainda mais o desejo sexual.

Pílulas anticoncepcionais
Podem diminuir a libido pois inibem a ovulação e, com essa inibição, não há o pico de testosterona que acontece nessa fase. O efeito se observa principalmente nas pílulas que contêm progesterona com efeito antiandrogênico. Também pode diminuir o desejo sexual das mulheres que usam pílulas com baixíssima dosagem hormonal, de 15 a 20 gramas de etinilestradiol.

Sedentarismo
Pesquisadores da Universidade do Texas estudaram mulheres entre 18 e 34 anos, e descobriram que aquelas que pedalaram por 20 minutos foram 169% mais animadas sexualmente quando confrontadas a imagens sexuais do que quando não se exercitavam.
Um outro estudo indicou que a regra também se aplica aos homens, já que os que se exercitam de 20 a 30 minutos diários diminuem as chances de disfunção erétil em até 50%. Além disso, o aumento do peso corporal afeta a libido devido a diversas alterações hormonais decorrentes do acúmulo de gordura, assim como outros desajustes fisiológicos e psicológicos que afetam a saúde e a autoestima.

Alimentação inadequada
Uma dieta carregada em açúcar e alimentos processados afeta determinados hormônios e glândulas, privando o corpo dos nutrientes aliados da libido. Aposte em alimentos que levantam o ânimo sexual, como pimenta, abacate, castanha-do-pará, avelãs, cebolinha, aveia, noz-moscada, romãs, morangos e salmão selvagem, além de gergelim esmagado com mel.

Tabagismo
O hábito de fumar pode danificar o revestimento dos vasos sanguíneos, afetando a musculatura do pênis e inibindo o sangue de fluir. Os homens que fumam são 51% mais propensos a ter disfunção erétil do que os não fumantes, segundo uma meta-análise feita na China.

A boa notícia é que um ano após parar de fumar, 25% dos ex-fumantes perceberam uma melhora nas ereções. Já para as mulheres, o tabagismo agride o sistema reprodutor, altera a lubrificação vaginal e aumenta a dificuldade de sentir prazer.
Mas nada é tão prejudicial para a vida sexual do casal quanto a falta de compreensão e amor do parceiro. Se não há romantismo e companheirismo na vida a dois, dificilmente haverá desejo e prazer na vida.
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PENSE NISSO

“A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos”.

Arthur Schopenhauer

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Atitudes avarentas podem revelar uma baixa autoestima ou a vaidade extrema





Segundo a tradição católica, a avareza é um dos sete pecados capitais. Este comportamento se caracteriza pela dificuldade e o medo de perder o que possui, como bens materiais e recursos. Por isso, uma pessoa avarenta tem dificuldade de abrir mão do que tem, mesmo que receba algo em troca, ou seja, tem cuidado excessivo com seus pertences e é uma pessoa egoísta. O filósofo e escritor Fabiano de Abreu comenta que no Brasil, chama-se uma pessoa avarenta por muitos nomes, como pão-duro, mão-de-vaca, unha-de-fome ou muquirana, mas estes apelidos, muitas vezes empregados de modo pejorativo, estão longe de refletir as reais consequências da avareza na vida do avarento.

Fabiano de Abreu acredita que a avareza e suas atitudes podem, na verdade, revelar não apenas baixa autoestima ou vaidade excessiva, mas também ter sua origem em outros assim chamados pecados capitais. Confira algumas considerações do filósofo.
A avareza se manifesta quando o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo acúmulo de dinheiro revelam uma vaidade excessiva ou uma completa falta dela. Esse desejo em possuir muito dinheiro para si pode ocasionar inveja, cobiça, e também pode estar ligada a gula.

O indivíduo passa a querer mais e mais, de maneira irracional, pois se ele parar para pensar racionalmente, verá que dessa vida não se leva nada, nenhuma moeda. Quando morremos, independente da crença de cada um, somos enterrados em buracos no chão, muito parecidos uns com os outros, ou cremados. Só por isso não deveríamos ser avarentos.

A avareza tem ligações com a não saciedade e insatisfação com o que se tem. O avarento não consegue pensar que possui o suficiente para ser feliz porque vive um vazio existencial. Falta a ele, uma estima por si mesmo. O problema é que o avarento não consegue ser feliz com pouco, e pensa que só será feliz se tiver muito.
No entanto, quando consegue acumular um montante que para muitos é satisfatório, geralmente se torna amargo, mesquinho, egoísta e com essa atitude se distancia cada vez mais da tão desejada felicidade.

De quanto precisamos para alcançarmos a felicidade? Precisamos de bens materiais? Sim, precisamos de uma certa quantia para o que é essencial, para que usufruamos do mínimo de conforto e nos sintamos seguros. Mas o excesso, o acúmulo de bens pode ser sinal de uma busca por mascarar uma profunda tristeza interior.

Se eu não me sinto bem comigo mesmo, eu acabo ficando vulnerável ao sugestionamento, e busco acumular riquezas e bens para chamar a atenção das pessoas. Seja comprar um carro de luxo, ou investir em imóveis de alto padrão, o avarento o faz para se sentir bem e aceito.

Essa pressão em obter mais, seja imposta pela família, pela sociedade, ou pelo próprio avarento, o motiva a se tornar um infeliz sem escrúpulos. O que não quer dizer que o avarento faz gastos a toda hora, mas os que faz, são compelidos por estas necessidades, de alcançar reconhecimento e tentar encontrar uma felicidade.

O avarento gosta de mostrar aos outros o que possui, mas não divide o que tem com ninguém. Ele é sovina, só gasta o seu dinheiro se tiver plateia olhando. Entre quatro paredes, a família sofre para retirar um vintém sequer dele, tudo é muito caro e, portanto, dispensável, na sua visão tacanha. É o famoso, “mão de vaca” ou “pão-duro”.

Alguns se tornam avarentos após um período de dificuldade financeira severa que tenham passado: Se no contexto dos 7 pecados capitais pensarmos que o avarento de hoje é o pobre e famigerado faminto de ontem, ele poderia ser perdoado? Alguns, dominados pela avareza, justificam o “pão-durismo” dizendo que sofreram com a escassez na infância.

Mas aquele que sentiu fome e se torna avarento, pode ser escusado quando o assunto é o pecado da avareza? O motivo que o fez sofrer na infância foi a falta, e essa lembrança causa nele uma angustia, pois teme vir a passar pela escassez novamente. Essa lembrança se transforma em um trauma que o leva a guardar grandes quantias, pois acredita piamente que poderá vir a precisar um dia.

Aqueles que foram paupérrimos e passaram por privações podem se colocar um determinado objetivo de se tornarem prósperos e, no decorrer da vida, por tudo que teve que fazer esse homem poderá sim, vir a se tornar um avarento, se conseguir adquirir algum dinheiro na vida, colocando o acúmulo de dinheiro acima dos escrúpulos. Para conseguirem o que querem, burlam aqui, corrompem ali, são corrompidos acolá, e seguem comendo pelas beiradas, trilhando rumos obscuros para conseguirem o que querem, que é dinheiro e mais dinheiro.

Porém, não podemos generalizar. O pobre só se tornará um rico avarento ou um ser pão-duro, se ele tiver dentro dele, sentimentos mesquinhos enraizados, uma mania de grandeza incrustada. Muitos, dominados pela avareza, se justificam dizendo que precisam ter uma reserva caso aconteça alguma coisa ruim, uma doença na família ou até com ele, um acidente, algo negativo. Esse pensamento de prevenção é comum e natural nos seres humanos, mas o avarento de verdade não guarda pouco para essas ocasiões não, ele guarda muito mais do que a situação exige.

A avareza tem diversos desdobramentos e pode afetar mais pessoas além do avarento. O vício pelo acúmulo de dinheiro quando é reconhecido em um pai, leva alguns dos filhos a sentirem que os bens materiais são mais importantes do que eles próprios. Sentimento esse que poderá levar muitos a se tornarem os famosos 'filhos de pais ricos', que não se esforçam para conquistar o próprio alimento, pois entendem que já possuem o suficiente.

Os filhos da avareza saem por aí gastando e esbanjando o dinheiro do pai com suas frivolidades. Tal comportamento, se torna um grande problema familiar, pode-se imaginar. Essa ação do pai gera uma reação por parte dos filhos que se sentem subjugados e continuam a agir de maneira imatura e irresponsável. Além disso, o filho de sovina poderá vir a ser um sovina também.

A forma como você trata as pessoas diz muito sobre si mesmo. A Lei do Retorno é infalível. A forma como trata os outros lhe trará bênçãos ou martírios. A sua dignidade, o seu caráter e a sua honestidade trarão muito mais riquezas à sua vida do que o dinheiro que você tem no banco.

É preciso que o avarento se conscientize de que não serão os bens materiais que darão projeção a ele na sociedade, ou que o tornará poderoso e feliz, mas sim a forma como se sente e como trata as pessoas que compõem essa sociedade.

Não podemos deixar que a necessidade do “ter” se sobreponha a importância do “ser”. Estamos nessa vida para deixar um legado, e o legado não está relacionado ao montante de dinheiro ou às riquezas materiais que adquirimos, mas sim, aos feitos que realizamos no sentido de melhorar a sociedade em que vivemos e a vida humana.

Caixão não tem gaveta para guardar dinheiro, e dinheiro não tem alma para ser carregado para o outro lado.

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PENSE NISSO

Para os crentes, Deus está no princípio das coisas. Para os cientistas, no final de toda reflexão.

Max Planck


quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Você sabe o que fazer para evitar ou combater uma crise de ansiedade?




A crise de ansiedade, também conhecida por ataque de ansiedade, é súbita e imprevisível. Ela provoca uma sensação de angústia, insegurança e medo arrebatador, o que provoca batimento cardíaco acelerado, dor de estômago, náuseas, tonturas e tremores, que são alguns dos sintomas mais recorrentes causados por um ataque de ansiedade. Por isso, é muito importante saber como tratá-los quando eles ocorrem.

A Dra. Domenique Ferreira, conhecida nas redes sociais como Domenique Heidy, explica os principais aspectos sobre o que é a crise de ansiedade, como identificá-la e como combater os principais sintomas.

Ao sofrer um ataque de ansiedade ocorre a hiperventilação, quando isso acontece, o cérebro é mal oxigenado e é provável perder a concentração. Para evitar, realize uma respiração profunda (8 respirações lentas por minuto). Se você é incapaz de respirar lentamente, respire em um saco de papel, isso vai reduzir a respiração.


O que é um ataque de ansiedade?

É uma condição emocional e física que ocorre quando o corpo tenta se defender de algo, como uma situação que causa pânico. Embora não seja letal, é verdade que pode afetar em outros níveis, tais como: perda de cabelo, estresse/stress e ansiedade, depressão, dor no estômago, etc.

Como reconhecer os sintomas?

Os sintomas mais comuns num primeiro momento são os tremores, acompanhados por uma sensação de tontura. Em segundo lugar, o cérebro compreendeu que tem que se defender de algo e aumenta o ritmo cardíaco, e também é muito provável que apareçam palpitações, dor no peito. Outros sintomas como boca seca, suores frios, aumento súbito ou diminuição da temperatura do corpo, náuseas, dor de estômago, diarreia, visão turva.

Como combater um ataque?

A Dra. Domenique elaborou uma lista com oito passos para combater um ataque de ansiedade. Confira:

Reduzir a ansiedade: ao sofrer um ataque de ansiedade ocorre a hiperventilação, quando isso acontece, o cérebro é mal oxigenado e é provável perder a concentração. Para evitar, realize uma respiração profunda (8 respirações lentas por minuto). Se você é incapaz de respirar lentamente, respire em um saco de papel, isso vai reduzir a respiração.

Procure distrações: por exemplo, contar de 150 para trás e de 3 em 3 números ou lembrar-se da sua música favorita, e se for possível conte com a ajuda de alguém, mande uma mensagem de modo a manter sua mente distraída desse medo.

Relaxe seus músculos: após um episódio um ataque de ansiedade, é bastante normal os músculos ficarem tensos, então um momento para relaxar e distrair é fundamental.

Afaste os pensamentos negativos: cada vez que você tiver em sua mente um pensamento frustrante ou assustador, rapidamente tente substituí-lo por outro positivo, seja forte para dominar o seu mundo mental.

Movimente-se: quando você tem um ataque de pânico não fique sentado ou deitado, pois isso irá piorar seu estado de espírito, se levante, fale com alguém, tente cantar, mexer em papéis, enfim, faça algo.

Musicoterapia: faça uma compilação de todas as músicas que fazem você feliz ou que transmita positivismo, grave-as em um CD (ou reúna numa pasta) e sempre que tiver um ataque, ouça essas músicas (se tiver fone de ouvido, é melhor).

Exercício: quando nos exercitamos nosso corpo libera endorfinas (hormônio do bem-estar responsável pela felicidade), caminhadas diárias ou fazer alguma atividade como yoga ou pilates, exercícios suaves são mais eficazes do que body pump.

Consulte o seu médico: se você sofre de ataques de ansiedade graves e muito constantes é melhor recorrer a um especialista, ele irá aconselhá-lo como tratar-se.

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PENSE NISSO

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.

Oscar Wilde

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Pai também tem instinto materno e pode contribuir com o desenvolvimento cognitivo do bebê





Dizem que, quando nasce um filho, nasce também uma mãe. Mas, a verdade é que essa afirmação cai como uma luva quando o assunto é o pai, que vai precisar aprender com esse novo integrante da família. É o que afirma Flora Victoria, embaixadora da psicologia positiva, mestre na área, pela Universidade da Pensilvânia, e presidente da SBCoaching. “Filhos não chegam com manual de instrução e todo o aprendizado envolvido vale para os dois. Mas porque, então, os pais ainda ficam em segundo plano na criação dos filhos?”, indaga Flora.

Com mais um Dia dos Pais se aproximando, a reflexão sobre o papel da figura paterna nos tempos atuais se torna ainda mais relevante. “A figura do pai é muito importante na criação de uma criança. Ele precisa atuar em parceria com a mãe, que, por sua vez, deve dar espaço para a participação do pai na vida da criança. O filho é dos dois, portanto, a troca de opinião deve ser constante, cabendo a ambos a responsabilidade sobre as decisões e os cuidados desde os primeiros momentos de vida do bebê”, explica

Entre as dicas da psicologia positiva para os pais ajudarem os filhos a florescer podemos citar a que recomenda que se promova novas competências nas crianças. Isso significa mais do que consertar o que está errado, identifique e nutra qualidades mais fortes que expressam o que elas têm de melhor e ajude-as a encontrar nichos nos quais possam viver melhor essas forças.

O comportamento masculino em todos os estágios do desenvolvimento infantil tem mudado bastante nos últimos tempos. Entre os anos 1940 e 1950, o pai era visto como mero provedor, cabendo à mãe o papel de cuidadora. Mas essa relação já não é a mesma, cabendo, hoje, também ao pai o protagonismo na construção em parceria com a mãe de uma relação de troca de valores, compreensão mútua, comunicação, respeito e equilíbrio em todas as decisões que dizem respeito aos filhos.

E, assim como as mães, os pais de participação e voz ativa também enfrentam desafios à frente desse papel. A rotina profissional agitada, a volta para casa sempre tarde da noite, aliada ao cansaço, fazem com que, nem sempre, sobre tempo ou disposição para os filhos. Isso também gera sentimento de culpa paterna - o que não significa que eles não sejam capazes de cuidar das crianças.

“O importante não é a quantidade de tempo com os filhos, mas sim a qualidade da convivência. Meia hora de brincadeira vale muito mais do que uma hora, sentados juntos na sala, com o pai mexendo no seu celular e o filho no videogame, sem nenhuma interação entre eles”, explica Flora.

INSTINTO MATERNO

Atualmente, os homens têm uma participação mais ativa na criação dos filhos. Hoje, um pai passa mais tempo com seus filhos do que os pais de 50 anos atrás. Ainda assim, 58,3% dos pais brasileiros acham que não passam tempo suficiente com sua família, segundo pesquisa realizada pela Catho. Se no passado a figura do provedor da família era motivo de orgulho, para o homem de hoje o papel de pai vai muito além disso, seguindo por vezes caminhos inusitados como o instinto materno.

Um estudo da Universidade de Bar-Ilan, em Israel, revelou que o ato de cuidar dos filhos aciona no cérebro do pai alguns circuitos similares aos que são ativados no cérebro das mães. Ou seja, o ‘instinto materno’ não é uma exclusividade das mulheres.

O envolvimento do pai contribui para o desenvolvimento cognitivo do bebê, o que prossegue ao longo do seu crescimento. A presença paterna estimula as competências emocionais da criança, como a habilidade de resolver problemas, interesse, motivação e valorização do aprendizado e o próprio desempenho escolar.

SER UM BOM PAI

Os benefícios de ser um bom pai não se limitam aos efeitos positivos experimentados pela família. Pais satisfeitos com sua atuação sentem-se mais eficazes e confiantes. Geralmente, são mais estimulados a ter uma vida social ativa e apresentam uma maior capacidade de controlar o estresse relacionado ao trabalho. Além disso, a motivação de suprir as necessidades dos filhos pode representar um poderoso impulso na carreira. Como isso é possível? Por meio da qualidade do tempo que o pai passa com os filhos.
Conciliar família e trabalho é possível, mas essa combinação é fruto de escolhas planejadas que envolvem toda a família, como a construção de redes de apoio em casa e no trabalho, além de um constante autogerenciamento para cumprir as obrigações, tanto familiares quanto profissionais.

DICAS

De acordo com a psicologia positiva, forças de caráter (qualidades, virtudes e forças pessoais) estão ligadas ao nosso potencial e trabalhá-las é um modo de desenvolver competências. Abaixo algumas dicas do que você pode começar a praticar neste domingo, em comemoração ao Dias dos Pais e depois, guardar, como mandamentos para a sua vida paterna.

Não elogie apenas o talento. A cada conquista do seu filho cumprimente-o também pelo esforço que ele empreendeu;

Seja engajado: esteja sempre envolvido nas atividades do filho, seja nos estudos, brincadeiras e nos esportes. O pai deve ter participação ativa;

Evite usar palavras do tipo “você é burro, você é ignorante, você não sabe fazer as coisas direito, você não tem jeito, você não tem dom para fazer isso”. Elimine, evite ao máximo este tipo de linguajar com o seu filho.

Quando ele está falando, escute ativamente sem interrompê-lo. Escute, entenda palavra por palavra do que ele está falando e não apenas ouça superficialmente, fazendo uma interpretação, muitas vezes, equivocada.

Faça seu filho refletir sobre o processo que o levou a realizar alguma coisa. Pergunte: Como você teve essa ideia? O que você fez para chegar a esse resultado? Conte-me, como foi que você fez isso?

Ao invés de reclamar dos seus filhos, seja grato com a natureza que te presenteou com eles. Quando você olhar para eles e estiverem fazendo alguma coisa, ao invés de somente reclamar, busque a gratidão. Enquanto você os tem, muitos pais gostariam de ter e não podem.

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PENSE NISSO

“A descoberta consiste em ver o que todos viram e em pensar no que ninguém pensou”.

A. Szent-Gyorgyi