sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O que fazer quando surge o ciúme na relação?


O que fazer quando surge o ciúme na relação?

Ciúme é prova de amor ou de insegurança? Difícil estabelecer uma definição para esta inquietação do ser humano, que pode desencadear outros sentimentos prejudiciais como antipatia e até mesmo o ódio. Feito erva daninha, o ciúme, se não eliminado ou mantido sob controle, pode vir a ser o veneno que aos poucos vai transformar o bonito sentimento que cresce em você em algo feio, o que, consequentemente, pode acabar matando o bem querer que seu par tem por você. O ciúme é como o HIV, ainda não tem vacina, mas o paciente pode ser tratado.
Não tem jeito, todos nós estamos suscetíveis a padecer de ciúme. O psiquiatra Flávio Gicovate usa a palavra no plural (ciúmes), porque acredita que existem dois tipos de ciúme: um ligado ao aspecto sexual e outro relacionado aos fenômenos sentimentais. Este último pode ser exemplificado pelo ciúme que costumamos chamar de ciúme de irmão ou do pai com o filho, devido ao amor incondicional que este receba por parte da mãe.
O ciúme amoroso derivaria do caráter possessivo do amor. Queremos ser, o tempo todo, a pessoa mais importante na vida de quem “amamos”, seja no campo da amizade ou da atração sexual. Mas esse comportamento não é sadio. É preciso lutar, sempre, contra o ciúme, que age, intransigente, contra os direitos individuais de quem amamos, podendo sufocá-los. Não devemos ter ciúme da intimidade da pessoa amada com outras pessoas. O verdadeiro amor não dá esse direito, muito menos o ciúme. Lembre-se de que você também tem essa necessidade.
O que dizer então do ciúme sexual? Aquele sentimento que faz disparar em você o alerta de perigo, aquela sensação muitas vezes de impotência ao ver o interesse de alguém pela pessoa amada, e o pior, quando percebe que há uma reciprocidade. Agora, se o ciúme tem algo de positivo, é o poder de revigorar um relacionamento fadado à morte por inanição, mas é preciso ter muito cuidado ao se valer desse estratagema.
Quando o ciúme surge é preciso agir com sabedoria. Homens e mulheres precisam se conscientizar de que existe o fator biológico nesta questão. É inevitável: os homens, em condições normais, sempre vão sentir o desejo visual; e as mulheres, mesmo as dotadas de forte senso de fidelidade, sentem-se valorizadas ou excitadas ao se perceberem desejadas. Tem a ver com a vaidade. E o mais bem intencionado dos seres humanos não tem como impedir que isso ocorra, mas pode administrar a situação.
Como ninguém tem acesso irrestrito e controle total sobre o que se passa na cabeça do outro, e fidelidade não tem preço e nem se compra, é melhor construí-la com as próprias mãos, usando na edificação de seus relacionamentos amorosos ou de amizade, boas doses de confiança, respeito, lealdade, honestidade, sinceridade, carinho, cortesia, romantismo e atenção ao ser amado, entre outras coisas, como forma de manter a relação sadia e duradoura, mesmo que de vez em quando pinte o ciúme.

Você tem direito a se expressar, mas ninguém é dono da verdade


Você tem direito a se expressar, mas ninguém é dono da verdade


Ao mesmo tempo em que as barreiras que cercam e escondem assuntos polêmicos como, por exemplo, homossexualidade, religião, política e raça, estão caindo, expondo e trazendo ao debate questões relativas a comportamentos por alguns ainda considerados fora dos padrões aceitos por uma sociedade dominante, a abordagem do tema requer sensatez. Mesmo quando  ela é feita em forma de brincadeira aparentemente inofensiva, você nunca saberá o quanto a carga de uma expressão poderá ferir quem está do seu lado e que, por motivo de foro íntimo, não manifesta sua posição em relação a determinados temas. O problema não é dizer o que se pensa, mas a forma como nós expressamos as nossas opiniões. Avalie as reflexões a seguir.
1 – Todos temos direito a ter nossas opiniões, mas não podemos esquecer: os direitos são iguais para todos; nossas opiniões podem não expressar a verdade absoluta e elas nem sempre são iguais às dos outros. Por isso é preciso ter cuidado com o que você discute, com quem e em que locais;
2 – Problemas decorrentes de frases inconvenientes acontecem muito no ambiente de trabalho e fora dele também. Por isso, seja à mesa em casa, em reuniões de trabalho ou eventos sociais e profissionais, são mais recomendáveis os temas mais leves. Deixe os temas mais controversos para discutir entre os amigos mais próximos;
3 – Tome cuidado ao expressar ideias machistas ou feministas, pois sempre causam discussões perigosas. Por mais inocente que você possa tentar fazer parecer uma brincadeira ou comentário, por exemplo, sobre preferência sexual, certamente vão gerar reações ruins e respostas desagradáveis;
4 – Comentários ou brincadeirinhas “ingênuas” com cunho preconceituoso podem prejudicar amizades, oportunidades de negócios e até carreiras, sem contar que são de extremo mau gosto. Lembre-se do velho ditado: “quem diz o que quer, ouve o que não quer”;
5 – Abstenha-se de fazer comentários depreciativos sobre pessoas. É mais prudente guardar essa opinião com você, pois pode acontecer de ter gente que pensa exatamente o contrário. E ainda vai pensar: “se ele fala mal de fulano, também pode falar mal de mim”;
6 – Por outro lado, seja proativo. Ao perceber que alguém vai ficar em situação constrangedora por abordar um tema delicado, interfira e mude o rumo da conversa, distraindo a atenção das pessoas. Depois chame o desavisado em separado e o avise sobre a gafe que ia cometer;
7 – Também é preciso tomar cuidado com as imitações maldosas de pessoas, principalmente de chefes. A vida pode lhe pregar uma peça e você ser flagrado ou ainda acontecer de a pessoa imitada tomar conhecimento de sua brincadeira por terceiros;
8 – Por último, é preciso não confundir franqueza com falta de educação. Ou seja, existem maneiras simpáticas de você emitir sua opinião quando indagado sobre determinado tema. Use e abuse da diplomacia.