sábado, 18 de maio de 2013

EM TORNO DE NÓS




EM TORNO DE NÓS      (William Silva)


Onda que invade carnes tenras e adormecidas

Aroma inebriante de sexo desfilando alamedas

Marés lançantes de olhares

Encontros bordados de estrelas

A procura do uno intransponível

Desfeito em átomos sociáveis

A dança dos tempos e dos pares

Luta entre ser e poder

Escravismo perpetuando espécimes

Na explosão de egoísmo e individualidade

Vontades encarceradas expondo feridas

Vagam corpos e germinam mentes

Convivência entre homens e mulheres não é mais a mesma




Convivência entre homens e mulheres não é mais a mesma


As conquistas celebradas pelas mulheres em vários setores do mundo moderno criaram um vácuo de interrogações tanto nos homens como nas próprias mulheres sobre papéis femininos e masculinos, o que deixa muita gente em dúvida sobre o que pode e o que não pode, o que é correto ou inadequado. Embora tenha muita gente perdida em relação a esses conceitos, as pessoas de bom senso acreditam que nos dias de hoje o que não se deve é adotar uma postura sexista, mas sim entender e aceitar as diferenças, respeitando a igualdade de direitos e deveres. Confira as dicas.

1 – Por incrível que pareça, ainda sobrevive o preconceito de que é errado uma mulher convidar um homem para sair. Não há o menor problema nisso, nem mesmo o risco de receber um não, o que deve ser encarado com naturalidade, na medida do possível. É levar na esportiva, sem ficar pensando nos motivos ou ficar insistindo. Entretanto, é bom anotar uma regra básica tanto para quem convida como para quem vai dar a resposta: em tudo seja elegante. Se você for dizer um não, primeiro agradeça o convite e depois recuse, mas não precisa ficar inventando desculpas, diga que fica para uma outra ocasião.
2 – Abrir a porta do carro para a mulher entrar ou sair do veículo pode ser bonito, elegante, mas nos dias de hoje nem sempre é prático ou seguro, depende muito da ocasião e local. Mas, se houver condição para essa delicadeza, a mulher pode retribuir agradecendo e, ao entrar no carro, abrindo a porta do lado dele por dentro.

3 – Sobre quem deve entrar primeiro em um recinto, como um restaurante, por exemplo, também já não vale mais a velha regra de que é o homem. É melhor deixar a personalidade de cada um falar mais alto. Se a mulher tem mais iniciativa, qual o problema de ela entrar na frente e escolher o local onde quer sentar? Entretanto, nada impede que o homem seja gentil e, quando não houver garçom, afaste a cadeira para ajudar sua acompanhante a sentar.

4 – Igualmente não há problema algum em a mulher consultar o garçom e fazer seu pedido ou os pedidos.

5 – Embora a regra geral diga que quem convida paga a conta, a hora de pagar a despesa é sempre um momento delicado do encontro e merece algumas considerações.

6 – As mulheres precisam assimilar que, assim como os direitos são iguais, os deveres também são. Se o convite partiu da mulher, ela deve tomar a iniciativa de pagar a conta. Nesse caso, não prevalece a regra de quem paga a conta é o cavalheiro. Mas ele pode e deve ser elegante e se oferecer para dividir a conta. No caso, cabe a quem convidou se aceita a gentileza.

7 – Agora, se o convite tiver sido feito pelo homem, cabe a ele tomar a iniciativa de pagar a conta. Entretanto, como todo convidado elegante, a mulher pode se oferecer para ajudar a pagar a despesa, mas, se ele recusar, não deve ser entendido como uma atitude machista.

8 – Algumas atitudes podem parecer antiquadas, mas têm a sua razão de ser e um tom romântico, como subir as escadas atrás da mulher e descer na frente, com a intenção de ampará-la no caso de uma eventual queda.

9 -  Da mesma forma forma, por uma questão de segurança, é recomendável que, ao caminhar por uma calçada, o homem o faça pelo lado de fora e a mulher pelo lado de dentro. Essa regra permanece ao caminhar por um shopping: a mulher deve caminhar perto das vitrines, para ter uma visão privilegiada.

10 – Embora a mulher deva estar ciente de que precisa estar preparada para agir em todas as situações, como trocar o pneu do carro, o homem deve ajudá-la nessa tarefa ou simplesmente trocar o pneu para ela, mesmo que ela saiba fazê-lo.

sábado, 11 de maio de 2013

Os pais devem acompanhar a vida escolar dos filhos




Os pais devem acompanhar a vida escolar dos filhos

É mera ilusão dos pais acharem que o fato matricularem os filhos em uma escola pública ou particular significa que cumpriram com sua obrigação de responsáveis pela educação deles. É preciso fazer mais. Se faz necessário o acompanhamento constante, dia após dia, da evolução do desempenho escolar do aluno, ajudando-o a superar eventuais dificuldades, que geralmente não são poucas. Mas o problema não está apenas nos alunos. Recentemente o Ministério da Educação constatou a necessidade de melhorar também o desempenho dos professores, principalmente das disciplinas Matemática, Física, Química e Biologia, tanto no ensino médio quanto no superior. O problema é de tal ordem que o MEC lançará um programa para tentar melhorar o desempenho de alunos e professores.
Uma das ações será a oferta de cursos de pós-graduação em universidades federais e privadas a professores que lecionam essas disciplinas nas escolas públicas de ensino médio. O certificado garantirá aumento salarial ao docente (progressão na carreira), mas só será concedido se houver a comprovação de que seus estudantes melhoraram. Confira algumas observações e dicas sobre o assunto.

1 - Visitem a escola de seus filhos sempre que puderem.

2 - Conversem com os professores e coordenadores. Perguntem como seus filhos estão nos estudos.

3 - Caso seus filhos estejam com alguma dificuldade na escola, peçam orientação aos professores e coordenadores de como ajudá-los em casa.

4 - Leiam bilhetes e avisos que a escola mandar e respondam quando necessário.

5 - Compareçam às reuniões da escola. Dêem sua opinião, ela é muito importante.

6 – Procurem construir um círculo de amizade com outros pais de alunos. A troca de informações sobre o que acontece na escola e o desempenho dos alunos e professores é importante para se manter a par dos acontecimentos e avaliar como está seu filho em relação aos demais.

7 – Se possível estudem junto com seus filhos na hora dele fazer o dever de casa. É uma ótima oportunidade para avaliar o desempenho deles e, por tabela, o dos professores, além de ser excelente oportunidade para relembrar e ampliar seus conhecimentos.

8 – Perguntem todos os dias como foi o dia deles na escola, se têm dever de casa a fazer e se entenderam as matérias dadas pelos professores. Demonstrem a eles a importância de se dedicarem aos estudos e que vocês estão permanentemente interessados no assunto. Incentivem seus filhos a continuar estudando. Mostrem que, quanto mais eles estudarem, terão mais oportunidades profissionais e pessoais.

9 – Não esqueçam e façam ver a seus filhos que de uma maneira ou de outra, o ensino a ser recebido pelos alunos é sempre pago pelos cidadãos. Na escola pública é pago com os impostos recolhidos pelos governos; e na escola particular o ensino é vendido mediante o pagamento das mensalidades. Então, ir à escola e não aprender é como pagar por um produto na loja e não levá-lo para casa ou levá-lo com defeito.

10 - Por isso, mostrem a seus filhos que não devem ter vergonha e dizer ao professor, em sala de aula, que não entenderam a matéria. É obrigação do professor refazer o caminho do ensinamento até que o assunto seja satisfatoriamente assimilado pelos alunos. Há um ditado que diz mais ou menos o seguinte: “Não existe pergunta burra: existe gente que fica burra por ter vergonha de perguntar”.

11 – Lamentavelmente as explicações de alguns professores são limitadas, embora eles sejam pagos para ensinar e não apenas para despejar conhecimento. Mas, em todo caso, é importante não se contentar apenas com o ensinamento do professor. Os alunos devem estudar a fundo nos livros, pesquisar na internet e, se preciso for, ter aulas de reforço.

12 – Por falar em internet, cabe aos pais disciplinarem os filhos quanto aos horários que devem dedicar aos estudos e aqueles em que podem relaxar brincando, inclusive na internet, o que, nos dias de hoje, virou preferência nacional.

13 – Por último, uma ponderação aos pais que dedicam praticamente a integralidade de seu tempo ao trabalho ou à religião. Os resultados desses comportamentos não são bons para a família como um todo, e principalmente para os filhos. Não há dinheiro que compense os filhos pela ausência dos pais em um lar, o que certamente também não agrada a Deus. Lembrem-

domingo, 5 de maio de 2013

Crianças são as principais vítimas do cyberbullying





Crianças são as principais vítimas do cyberbullying

Você já ouviu falar em cyberbullying? Pois é, trata-se de uma das principais ameaças online. É uma intimidação insistente e sem motivação evidente praticada pela internet ou outras tecnologias de informação e comunicação, móveis ou fixas, causando angústia e sofrimento às vítimas. O bullying já é tão grave no Brasil, que pesquisas dão conta de que 45% dos estudantes estão envolvidos como vítimas ou autores nesse tipo de atividade.
A pedagoga e historiadora Cléo Fante, que atua como consultora educacional e é pioneira nos estudos e nas publicações sobre bullying escolar no Brasil, faz alguns esclarecimentos sobre o assunto. Confira as dicas.

1. Estudo feito com 530 alunos do ensino médio de uma instituição privada, em Brasília, indicou que 20% deles já foram vítimas de ataques online. Do total, 63% eram meninas. A ameaça se caracteriza pela intenção de causar danos ao outro aluno ou aluna, pela persistência e continuidade das agressões contra o mesmo alvo, a ausência de motivos que justifiquem os ataques, a assimetria de poder entre as partes e os prejuízos causados às vítimas.

2. A criança ou o adolescente vítima do cyberbullying pode apresentar queda no rendimento escolar, defasagem no seu desenvolvimento e distúrbios psicológicos graves. A prática desse tipo de violência estimula a popularidade e aceitação no grupo através de abusos, valida as condutas agressivas para conquistar objetivos e provoca o envolvimento com pessoas inescrupulosas ou que praticam atos delinquentes.
3. O diálogo entre a família é fundamental para identificar se os filhos estão praticando ou sendo vítimas de bullying ou cyberbullying. Os agressores também costumam demonstrar sua agressividade e tirania dentro de casa, com a família e os amigos.

4 - Muitas vezes o jovem vítima do bullying tem medo de revelar aos pais o assédio que vem sofrendo, com medo de que a situação se agrave e isto o faça se sentir ainda mais humilhado e rejeitado.

5. Os pais devem observar mudanças comportamentais dos filhos tais como desmotivação para os estudos ou vida social, pedidos constantes para faltar às aulas ou mudar de escola sem justificativas convincentes, queixas frequentes de dores de cabeça e de estômago, febre, vômito, diarreia, sudorese ou alteração alimentar, de sono ou de humor. Em alguns casos, tristeza, apatia, irritabilidade, ansiedade, depressão, ideias de vingança e suicídio podem ser sinais. Estar atento é imprescindível para evitar que a situação cause danos irreversíveis.

6 - Embora algumas famílias já protejam seus computadores contra outras ameaças virtuais adotando soluções de proteção essenciais como antivírus, antispam, antiphishing, entre outras, existe no Brasil tecnologia que auxilia os pais a monitorarem as atividades online dos jovens.

7 - Uma medida eficiente de segurança que os pais devem sempre adotar é manter o computador da casa em local de passagem e nunca no quarto dos filhos. Dessa forma, é possível ter mais controle do uso da internet, permitindo aos pais orientarem adequadamente seus filhos.

SERVIÇO:
Cléo Fante é docente e coordenadora de cursos de capacitação e pós-graduação sobre o tema. É autora do programa antibullying “Educar para a paz”; co-autora do livro “Bullying escolar - perguntas e respostas”; e autora do livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”, além de outros artigos e pesquisas relacionados a esta ameaça.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ABSTRATO E CONCRETO





ABSTRATO E CONCRETO    (William Silva) (Foto Wagner Almeida)

Nada do que sei é novo

Nada do que quero se passa

O homem mata o homem em dobro

Mas a fome do Mundo não mata

Troca de roupas e paixões

Mas o grande amor não se dá

Trava batalhas a cada dia

Mas não fortalece o coração e a alma

A indiferença habita o jardim dos parasitas

A solidariedade é solitária


Na cidade encouraçada

As ilusões desfalecem como os sonhos

E morrem dia a dia na ingratidão

Na desilusão das sarjetas

Na trama de corredores e salas