quinta-feira, 6 de julho de 2017

Como influenciar os filhos na descoberta da espiritualidade




Todo pai e toda mãe sabem bem que criar filhos é uma tarefa difícil e para a qual não há manual de instrução. Tudo que eles querem é que a educação produza não apenas um comportamento adequado, mas também uma base sólida para os desafios que a vida reserva. Segundo a educadora Michelle Anthony, é nesse contexto que muitos pais se sentem perdidos por não saberem a melhor maneira de educar as crianças e os adolescentes.
É grande o número dos que se sentem frustrados diante da indisciplina e da espiritualidade vacilante dos filhos. Por não saberem qual rumo seguir, muitos resvalam em uma criação autoritária, marcada pelo controle acirrado e pela superproteção; outros entregam os pontos e largam os filhos à própria sorte. Mas nenhum dos dois extremos está correto, garante Michelle Anthony, autora da obra “Espiritualidade em Família”, lançamento da Editora Mundo Cristão. É necessário que os pais desempenhem o papel de modelos espirituais para seus filhos.

É importante destacar que desenvolver a espiritualidade está acima das diversas vertentes de religiões e seitas. Está diretamente ligado a cultivar em si e nos outros o AMOR em seu mais amplo significado. Que é a essência de DEUS. A seguir, algumas dicas.

Não há melhor maneira de fazer os filhos se apaixonarem pelo caminho do bem, professado por Jesus, do que os pais serem testemunhas vivas do que isso significa. Há uma verdade quanto a sermos pais cheios do Espírito: não podemos passar adiante aquilo que não possuímos!

Deus deve ser a base do relacionamento com os filhos. Desmistificando o ideal de perfeição paterna ou materna, é preciso incentivar a busca por uma vida cheia do Espírito, a fim de transmitir a vibração de sua fé para seus filhos. O estabelecimento de uma dinâmica familiar favorável à espiritualidade e à fé autêntica é fundamental. É preciso que os pais criem ambientes, a fim de que os filhos experimentem inspiração, motivação e vivência dos valores espirituais no dia a dia.

A espiritualidade na vida familiar é uma grande ferramenta para viver com maior plenitude e dar à vida um sentido transcendente. Os pais não devem preocupar-se em ser perfeitos, mas sim em serem compromissados com a sublime tarefa de influenciar os filhos a se tornarem amigos do Salvador ou ao menos seguirem o principal mandamento: amar ao próximo como a si próprio.

Revise suas próprias crenças. Pergunte-se quão convencido você está daquilo em que crê, do que professa e em que grau você o pratica. Pergunte-se que tipo de vida espiritual você quer para os seus filhos e como lhes dará isso. Lembre-se de que o exemplo e o que os seus filhos veem são os fatores que mais educam. Você vai à missa aos domingos? Reza com frequência? Vive constantemente na presença de Deus?

Inclua a espiritualidade na vida dos seus filhos desde cedo. As crianças muito pequenas não compreendem quem é Deus, mas se você lhes falar dele, começarão a se familiarizar e a conhecê-lo. Conte-lhes a história sagrada em forma de conto; fale da vida dos santos; reze com os seus filhos.

Aproveite as atividades da vida cotidiana para ensiná-los a viver uma espiritualidade natural e espontânea. Ensine-os a agradecer por tudo o que têm: pais, amigos, avós, cachorro, talentos… Ensine-os a dar aos que têm menos, a compartilhar, a amar.

Dê aos eventos sagrados toda a importância que merecem: Batismo, Primeira Comunhão, Confirmação… Destaque a grandeza que eles merecem, ensine que o mais importante é receber a graça de Deus e que é por isso que preparam um evento bonito, alegre, com todos os amigos e familiares. Mostre que tais momentos precisam de preparação e alegria, porque Jesus é o melhor que há. Você, como pai ou mãe, precisa estar convencido(a) disso para poder transmitir essa alegria, esse amor, essa importância.

Apoie-se em instituições, pessoas ou catequistas que possam colaborar com você nesta formação espiritual. Recorra à sua igreja, onde certamente haverá algum movimento bem estabelecido que lhe dê todos os elementos para alcançar isso com maior facilidade, conseguindo torná-lo interessante.

Faça que tudo isso seja divertido, atraente. Que realmente gostem. Adapte a informação e a formação à idade dos seus filhos. Atualize-se: que seus comentários e exemplos se adaptem ao que eles vivem, escutam, percebem… Que não vejam a espiritualidade como algo do passado, coisa de velhinhos, que não tem relação nenhuma com sua vida. Pelo contrário: que a vejam como a arma maravilhosa que dá sentido às suas vidas.

Ensine-os uma forma simples de orar. Que conversem com Deus como conversam com um amigo. Que vejam Jesus como seu confidente, seu melhor amigo. Que reconheçam que Jesus pode escutá-los, ajudá-los, levá-los a ser melhores.

Confira um caráter “espiritual” a todas as festividades religiosas. Procure fazer um contrapeso com tanto materialismo e comercialização apresentados pela sociedade. O Natal é importante porque é o nascimento de Jesus. A Páscoa é importante porque Jesus ressuscita… E assim em cada festividade: preencha-as de conteúdo espiritual, sem tirar os presentes, a diversão. Que seus filhos entendam que é tudo bonito porque se tem Deus.

Com os jovens, aproveite suas inquietudes intelectuais, sua capacidade crítica, seu comportamento rebelde, para que estudem, aprofundem, pesquisem e finalmente se convençam da grandeza de Cristo. É preciso desafiá-los para que percebam que Jesus é quem dará sentido às suas vidas.

Tudo isso com um grande amor e respeito pelos nossos filhos, porque eles são merecedores do grande amor de Deus. Precisam conhecê-lo, senti-lo, amá-lo. Como pais, este é o nosso dever e nosso compromisso com Deus.

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PENSE NISSO

"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal".

Friedrich Nietzsche

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