quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O ócio não traz felicidade, o trabalho sim!


O estresse do dia a dia muitas vezes nos leva a pensar quão bom seria ter uma vida em que não tivéssemos preocupação de prover nosso sustento por meio do trabalho assalariado ou mesmo enfrentando as dificuldades e os desafios como um empresário. Segundo Christian Barbosa, um dos maiores especialistas no Brasil em administração de tempo e produtividade, é comum nos depararmos com o pensamento: “como eu queria estar, neste momento, no sofá da minha casa sem fazer nada”. Segundo Christian, achamos realmente que essa atividade, ou essa “não-atividade”, nos deixaria mais felizes e realizados do que continuar cumprindo as tarefas chatas, difíceis, coisas do trabalho ou aquelas que fazem parte da rotina diária, como estudar, olhar as crianças, cuidar da casa, etc. O especialista garante que a verdade é que esse desejo momentâneo de não fazer nada não nos traria a mesma felicidade que temos ao cumprir as nossas atividades diárias. Confira as considerações.

Pesquisa realizada pela Universidade de Chicago (EUA) e publicada no periódico Psychological Science apontou que as pessoas com o número maior de atividades realizadas por dia tendem a ser mais felizes quando comparadas aquelas que não fazem nada. Ou seja, imaginar que a sua vida seria muito melhor, caso ficasse em casa sem nada para fazer ou sem algum papel para desempenhar, é uma vaga ilusão. Mas isso não significa que você deve realizar tarefas freneticamente sem ter uma pausa para descanso, lazer ou meditação. Ao contrário, esse extremo não o deixará mais feliz e possivelmente aumentará a irritabilidade e o estresse, podendo até prejudicar a sua saúde.

O segredo para não ter uma vida completa apenas de ócio nem agitada demais é manter o equilíbrio e organizar as atividades que são importantes para você. Para isso, imagine que a realização de tudo o que você faz no seu tempo pode ser dividido em três esferas: importância, urgência e circunstancial. Essa é a Tríade do Tempo, uma classificação da forma de como utilizamos o nosso tempo. Realizei uma pesquisa para saber como os brasileiros distribuíam a realização das suas atividades nessas esferas:

O brasileiro tem dividido a realização das suas atividades quase que igualitariamente. O modelo ideal seria um foco maior no que você considera importante, atividades que trazem retorno à sua carreira, sua empresa, sua família e seu equilíbrio. Infelizmente, nosso padrão é urgente, com muitas atividades desnecessárias e sem sentido, que chamo de circunstanciais. Para alterar essa estatística, é preciso adotar um método de planejamento antecipado, para reduzir as urgências, aumentar o tempo no importante e praticamente eliminar as atividades circunstanciais.

Quando deixamos de produzir tendemos a ficar desanimados, nos sentimos improdutivos. Imagine aquele dia produtivo, com reuniões, entrega de relatórios, estudos, academia, compras, jantar com a família. Com certeza se o dia teve mais atividades importantes a sensação é recompensadora.

Como o estudo mostrou, fazer nada não é tão bom assim à sua vida. É preciso ter equilíbrio entre as suas atividades, tempo de lazer, de “ócio criativo” e, se você quiser, um pouco também para não fazer nada. Nossa produtividade está cada vez associada à nossa capacidade de relaxar e entrar em equilíbrio com você mesmo. A vida passa rápido demais para quem só fica correndo no urgente e perdendo tempo no circunstancial. Use seu tempo com sabedoria e na velocidade certa.

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PENSE NISSO

“O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação”.

Oscar Wilde

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