quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Você é um criador de problemas? Evite sofrimentos desnecessários.



Dia a dia, aumenta o número de pessoas que vivem aflitas e angustiadas. Segundo o escritor, educador e conferencista Roberto Tranjan, muitas vezes isso acontece porque supervalorizamos os problemas e deixamos que eles nos consumam, mesmo quando sua solução não está em nossas mãos. São pessoas que gostam de problemas e não conseguem viver sem eles. Tranjan destaca que é claro que os problemas existem e fazem parte de nossas vivências, mas observa que não está se referindo aos verdadeiros problemas, sobre os quais nada podemos fazer além de lidar com eles. Mas refere-se às pessoas que inventam problemas desnecessários que tornam um inferno a própria vida e também a dos que estão ao redor. Confira as observações do especialista.


Para os criadores de problemas, viver sem eles é muito difícil, humanamente impossível. E sabe por quê? Porque não concebem nada melhor para colocar no lugar desses percalços inventados. Funcionam como uma distração, uma forma, mesmo infeliz, de passar o tempo. É um tipo de ocupação com alguma adrenalina, sem a qual a vida lhes parece insossa. Mas basta que um seja resolvido para que surja outro. E assim sucessivamente. Uma tristeza sem fim.

Sem essa vida periférica movida a problemas, o indivíduo vai ter de se deparar consigo mesmo, ou seja, com o próprio vazio. Em seu centro, não há nada. Por isso, considera melhor gastar energia com superficialidades e dificuldades criadas em interminável sequência.

Deparar-se com o centro vazio é angustiante, no primeiro momento. Sempre que isso acontece, a tendência é buscar alívio para a dor. E esse alívio está na periferia da vida, onde os problemas se multiplicam à semelhança de ervas daninhas. Ou seja: as pessoas preferem ser infelizes a enfrentar a realidade de seu próprio vazio.

Todas às vezes em que tentam fazer contato com o seu centro, elas sentem medo. O vazio amedronta, de fato. É como um mergulho ao fundo do mar. Lá, a calma e o silêncio parecem ser insuportáveis, e o ímpeto é retornar logo à superfície, mesmo com todas tormentas que nela existem.

O problema dos problemas é que essa vida infértil afeta outras, também vazias, gerando um cortejo humano trágico, capaz de gerar a impressão de que a vida é assim mesmo: uma sequência interminável de problemas.

Ocupadas com esse martírio, as pessoas não conseguem preencher o seu centro com algo que possa tornar a vida mais fecunda: um propósito. Somente um propósito pode transformar o “ter algo para fazer” em “fazer algo que valha a pena”.

Como você tem vivido? Valorizando adversidades e transformando-as em grandes problemas ou caminhando rumo à realização de propósitos interessantes? Fazer algo que valha verdadeiramente à pena é que torna a vida uma aventura fértil, que instiga, revigora, ensina, fortalece e isenta de sofrimentos desnecessários.

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PENSE NISSO


“A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira.”

Leon Tolstói

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