quarta-feira, 23 de maio de 2018

Você sabe o que fazer contra vazamentos de dados pessoais nas redes sociais?




Com o vazamento de informações do Facebook que atingiu cerca de 433 mil brasileiros, acendeu a luz vermelha para quem acreditava na segurança dos dados inseridos nas redes sociais. E como fica o usuário se seus dados circulam livremente ou são adquiridos por empresas que comercializam as listas? E se as informações forem usadas para abertura de contas, obtenção de créditos e financiamentos ou aquisição de bens que nunca serão pagos, mas que trazem uma dor de cabeça enorme para quem teve seus dados comercializados ou compartilhados?
O advogado Dori Boucault, especialista em direitos do consumidor e fornecedor, alerta para os perigos de registrar dados pessoais nas redes sociais e o que pode ser feito em caso de vazamentos. Confira as dicas do advogado especialista em direitos do consumidor.

É importante que, ao se cadastrar numa rede social, o usuário tenha noção exata de qual a segurança oferecida aos dados que serão inseridos.

O compartilhamento indevido viola a Constituição Federal já que expõe a privacidade garantida pela lei ao cidadão, além de contrariar o Marco Civil da Internet (Lei 12.965, de 2014) e o Decreto 8.771, de 2016, que restringem provedores de aplicativos de repassar dados dos usuários a terceiros.

Para os casos em que a pessoa perceber que seus dados pessoais foram usados indevidamente em compras ou para obtenção de crédito é importante o cidadão se proteger. Os usuários devem verificar a segurança de seus dados a cada período, observando se há negócios feitos em nome deles.

 Essas informações podem ser obtidas nas empresas operadoras de crédito. Se houver negócios efetuados sem seu conhecimento entre com denúncia, se for o caso inclusive para verificar, nos gestores de dados, de onde os dados foram compartilhados e quem o fez.

Segundo o Facebook Brasil, as pessoas que tiveram seus dados vazados serão informadas por meio de mensagem na linha do tempo (newsfeed) que será acompanhada de um link que mostrará quais informações foram coletadas e de que maneira foram utilizadas.

Assim que tiverem conhecimento, as pessoas podem decidir quais medidas adotar isoladamente ou conjuntamente, principalmente se entenderem que correm riscos com os dados que passaram a circular livremente.

Cabe a cada um decidir o que fazer, mas todos podem exigir reparações se os dados vazados não se restringirem apenas aos dados documentais, mas fotos e vídeos que teriam sido reservados para amigos ou pessoas mais próximas por exemplo.

Em todos esses casos, o usuário pode procurar um advogado para se informar e analisar se cabe uma ação de reparação de danos.
No último dia 4, o diretor de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, publicou mensagem no site da plataforma na qual afirmou que o número de pessoas atingidas chegaria a 87 milhões, bem maior do que os 50 milhões informados inicialmente, sendo 70,6 milhões de americanos, 1,1 milhão de pessoas das Filipinas, 1 milhão da Indonésia, 1 milhão do Reino Unido, 789 mil do México, 622 mil do Canadá, 562 mil da Índia e 443 mil do Brasil.

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PENSE NISSO

“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.

Carlos Drummond de Andrade

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