sábado, 15 de fevereiro de 2014

A eterna disputa pelo poder da sedução






Quem disse que a escravidão acabou? Pelo menos no mundo do jogo da sedução e conquista entre parceiros, não. Por mais civilizada que a pessoa seja, tem sempre vivo dentro de si o instinto do domínio. Esse impulso que abrange, em maior ou menor grau, todos os aspectos da vida do ser humano, está presente principalmente nas relações de amizade, amorosas e sexuais.

Por natureza, o ser humano é um eterno conquistador, está sempre à procura do que não tem. E no que diz respeito às relações pessoais, não consegue se controlar, porque a carência por afeto e reconhecimento é insaciável. Se não houver o despertar para uma consciência de que em tudo na vida é preciso haver o equilíbrio, e nesse caso, que é preciso respeitar os sentimentos dos seus semelhantes, o descontrole do instinto de domínio transformará a pessoa em uma “escravagista de corações”.

Essa espécie de poder de fascínio que algumas pessoas cultivam e exercem excessivamente sobre outras, requer cuidados para não resultar em tragédias passionais.

Interessante é que nessa relação de dominador e dominado, nem sempre há vencedor absoluto. Quando alguém sujeita-se ao domínio de outra pessoa, lá no fundo sabe que, mesmo nessa condição de aparente inferioridade, tem importância na vida do dominador, que estará disposto a fazer esforços para manter esse domínio. Evidente que não é um tipo de relacionamento recomendável.

O cenário onde essa disputa torna- se mais evidente é o que envolve as relações sexuais, onde o sexo vira instrumento de poder. Em geral, o mais atraente e dominador é quem decide, de acordo com seus interesses e nem sempre de acordo com seu desejo, se permite ou não a abordagem do pretendente. É preciso ficar atento, porque essa guerra dos sexos tem mais a ver com a vaidade e o prazer de se vangloriar do que com a sadia e maravilhosa troca de prazeres.


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